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Diário da Câmara dos Deputados
não estando no emtanto inteiramente de acôrdo com S. Ex.ª no ponto que diz respeito à visita de S. Ex.ª o Sr. Presidente da República, pois a verdade é que S. Ex.ª foi assistir a umas festas em honra de Portugal, e onde os portugueses receberam as mais altas distinções.
Referiu-se S. Ex.ª o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros igualmente, a uma notícia publicada num jornal francês, estando eu inteiramente de acôrdo com as considerações que S. Ex.ª fez sôbre o assunto; no emtanto, o que eu desejo muito saber é qual foi a atitude assumida pelos nossos representantes.
O que eu desejo, repito, é que o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros me diga qual foi a atitude assumida pelos nossos representantes, isto é, se êles desmentiram imediatamente, como lhes cumpria, semelhante notícia.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros (Domingos Leite Pereira): — Sr. Presidente: pedi novamente a palavra para que não possa ficar no espírito da Câmara a impressão de que o meu. silêncio possa até certo ponto representar menos consideração para com o Sr. Leote do Rêgo.
Devo dizer ao ilustre Deputado que o jornal que citei à Câmara foi publicado há dias, e como tal não posso saber ainda qual a atitude assumida pelos nossos representantes, isto é, se êles desmentiram semelhante notícia ou não.
O que eu sei apenas foi o que fiz, e foi chamar a sua atenção para tal notícia.
Não sei, repito, o que é que êles fizeram, se se apresentaram ou não expontâneamente a desmentir semelhante boato.
Mas se não sei o que fez o Sr. João Chagas em Paris, e estou certo de que procedeu com todo o patriotismo, sei, em todo o caso, o que eu fiz. Fiz chamar a sua atenção para a notícia do jornal, visto que a notícia já tinha passado dos jornais americanos para os de França.
Telegrafei a todos os nossos representantes para que estivessem prevenidos para desmentir todas as atoardas que se publicassem a êste respeito.
Relativamente à notícia do jornal americano, eu disse já que me não competia
desmentir essa atoarda, mas dei também ordem ao nosso representante em Washington para que desmentisse categoricamente notícias de tal natureza.
Apoiados.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. José Domingues dos Santos (para explicações): — Sr. Presidente: a favor duma instituição, a Cruz Vermelha, que tantos e tam relevantes serviços tem prestado ao mundo inteiro e especialmente em Portugal aos nossos soldados e outros portugueses, realiza-se hoje em Lisboa a Festa da Flor, e entre nós encontram-se neste momentosas senhoras que numa missão altruísta andam a receber donativos para que essa instituição possa prestar à sociedade os serviços para que ela se fundou.
Ora eu não queria que neste momento a Câmara se conservasse em silêncio perante esta manifestação de civismo e gentileza por parte dessas senhoras, e assim pedi a palavra para em nome dêste lado da Câmara dirigir as saudações mais enternecidas a. S, Ex.ªs que tam gentilmente vêm prestando o seu concurso a uma obra patriótica. E não termino sem salientar uma nota: é que entre essas senhoras alguém se encontra que merece o nosso maior respeito, como seja a esposa do Sr. Presidente da República, e por isso para S. Ex.ª vão as nossas homenagens mais sinceras.
Apoiados.
Tenho dito.
O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.
O Sr. Carvalho da Silva (para explicações): — Sr. Presidente: o Sr. José Domingues dos Santos podia ter a certeza que no momento em que usou da palavra não falava apenas em nome daquele lado da Câmara, mas sim em nome de toda a Câmara.
Apoiados.
Efectivamente, não há instituição mais simpática do que a Cruz Vermelha Portuguesa.
Nenhuma instituição mais do que ela tem prestado ao País serviços relevantes.