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Sessão de 9 de Maio de 1923
E tem ela também demonstrado, desde longa data, quanto as senhoras portuguesas sabem sempre tomar as iniciativas mais simpáticas, promovendo festas com os fins mais altruístas.
Quis o Sr. José Domingues dos Santos saudar nas senhoras presentes, todas aquelas que andam nesta cruzada de bem fazer.
Este lado da Câmara associa-se com muito prazer a essa saudação, envolvendo nela todas as senhoras portuguesas.
Quis mais S. Ex.ª saudar em particular a esposa do Sr. Presidente da República.
Também êste lado da Câmara, com muito prazer, se associa a essa saudação.
Tenho dito.
Vozes: — Muito bem, muito bem.
O orador não reviu.
O Sr. Lino Neto (para explicações): — Sr. Presidente: os Srs. José Domingues dos Santos e Carvalho da Silva acabam de prestar homenagem, em nome dos seus Partidos, às senhoras portuguesas, e em especial à esposa do Sr. Presidente da República, cuja presença, com muita satisfação noto entre as senhoras presentes, que vieram até o Parlamento na santa peregrinação da Festa da Flor.
Devo dizer que, por parte da minoria católica, nos associamos com todo o entusiasmo às homenagens prestadas a essas senhoras, especializando a esposa de S. Ex.ª o Sr. Presidente da República.
Trata-se de proteger uma instituição que tem prestado grandes serviços dentro e fora do País.
O fim e o objectivo da caridade a que se está recorrendo, por esta forma, é o mais alto e elevado, e a ilustre esposa do Sr. Presidente da República, colocando-se à frente dêsse movimento, honra as senhoras portuguesas, que sempre foram notáveis em serviços de assistência, benemerência e caridade.
Realmente desde a rainha Santa Isabel, de Santa Joana e outras senhoras ainda, são conhecidos os serviços de misericórdia que as senhoras portuguesas têm prestado.
A digna esposa do Sr. Presidente da República vem, com o seu gesto de agora,
colocar-se galhardamente ao lado dessas senhoras beneméritas.
Honra lho seja.
Saúdo, portanto, a ilustre esposa do Sr. Presidente da República e nessa saudação vai a minha homenagem a todas as senhoras portuguesas, ao Chefe do Estado e a Portugal.
Apoiados.
Tenho dito.
O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, (fitando, nestes termos, restituir, revistas, as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.
O Sr. Pina de Morais (para explicações): — Sr. Presidente: em meu nome e no do alguns Deputados independentes que mo honraram escolhendo-me para seu intérprete neste momento, não quero deixar de agradecer e de homenagear, dentro das minhas possibilidades, a cruzada de benemerência e caridade que as senhoras portuguessas estão realizando no nosso País.
As casas do caridade de Portugal mantêm-se hoje com extrema dificuldade. Essa dificuldade tem vindo acentuando-se com a carestia da vida, e triste é verificar que as classes enriquecidas ultimamente não têm procurado acudir às necessidades dessas casas, desprezando aqueles princípios que a compaixão pela desgraça deve inspirar a todos.
Antes da guerra as nossas instituições de caridade viviam com um desafogo com que não vivem hoje, e eu lanço à conta de falta de compreensão de sentimentos cívicos o caso dessas classes enriquecidas não ocorrerem às suas necessidades.
E preciso, pois, que se faça uma campanha e propague a crença de que os ricos precisam ser caridosos para com todos.
Não é, realmente, fazendo a vida da sociedade elegante que se pode de qualquer maneira exercer essa caridade. Não, não é com o espavento, fàcilmente destrutível, que se pode beneficiar aqueles que necessitam. E essas classes que ultimamente têm enriquecido precisam de sacrificar os seus dinheiros às necessidades do País.
Parece isto violento, mas não é, porque correspondo a uma verdade por mim verificada já várias vezes.