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Diário da Câmara dos Deputados
Na verdade não se pode afirmar que no Ministério do Trabalho não existe nada sôbre a forma como tem funcionado a Nacional Fábrica de Vidros da Marinha Grande.
Há, pelo menos, dois relatórios que nos permitem emitir a opinião de que as esperanças do autor do decreto n.º 5:406 até certo ponto se têm realizado. Os elementos que porventura houver no Ministério do Trabalho desde já ficam à disposição do ilustre Deputado. Existe até um relatório, para que já foi chamada a minha atenção pelo Director Geral do Trabalho, mas que não pude ainda ler atentamente, porque no Ministério do Trabalho não há apenas a Nacional Fábrica de Vidros de Marinha Grande e, realmente, com o Parlamento aberto, com trinta mil sindicâncias a estudar, com o imenso expediente que há a atender, o tempo é forçosamente escasso.
V. Ex.ª não pode dizer-me, ao menos, se a Fábrica da Marinha Grande tem dado proveito ao Estado?
O Orador: — Tem dado proveito para o Estado, o que é demonstrado na prosperidade da indústria.
O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — Mas o decreto tem de se cumprir.
Apoiados.
O Orador: — Perfeitamente. Não garanto que dê percentagem, além da qual é necessário o pagamento da anuidade.
Não sei se realmente alguma cousa foi pago.
O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — É que não pode pagar a escola sem pagar a anuidade.
O Orador: — Devo dizer que não tenho todos os esclarecimentos para poder responder a uma interpelação.
A fábrica está produzindo mais e melhor que anteriormente.
O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — E com proveito?
O Orador: — Então não há proveito numa indústria que se desenvolve?
Estou convencido de que vive melhor do que vivia.
O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — O que está provado é que a socialização não tem dado resultado.
O Orador: — Não; ainda não está provado.
Tenho dito.
O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.
O Sr. Paulo Cancela de Abreu não fez a revisão dos seus àpartes.
O Sr. Presidente: — Vai votar-se o capítulo 12.º
Foi aprovado.
O Sr. Carvalho da Silva: — Requeiro a contraprova e invoco o § 2.º do artigo 116.º
Feita a contraprova, verificou-se estarem de pé 9 Srs. Deputados e sentados 52, pelo que foi considerada aprovada.
Entra em discussão o capítulo 13.º
O Sr. Carvalho da Silva: — Sr. Presidente: pouco tempo me demorarei a discutir êste capítulo.
No emtanto, desejo chamar a atenção do Sr. Ministro do Trabalho para as constantes reclamações que aparecem na imprensa sôbre a forma por que correm os serviços hospitalares, motivada pela deficiência das verbas atribuídas à maior parte dêsses serviços.
É, pois, com surpresa que vejo que foi êste o único capítulo que não teve o reforço de verbas, que já de si eram insuficientes, mas agora mais agravadas pela sensível depreciação da moeda.
Sr. Presidente: nós somos absolutamente contrários a aumentos de despesa, destinados a cousas inúteis, mas a verdade é que, tratando-se neste momento de serviços importantíssimos, como são os dos hospitais, não compreendemos que não se faça nenhum reforço de verbas, que, repito, são a razão fundamental da forma deficiente como correm os serviços hospitalares.
Apelo, pois, para as qualidades de homem de coração, como é o Sr. Ministro do Trabalho, à quem presto neste momento as minhas homenagens, o espero que S. Ex.ª apresente qualquer emenda, a fim