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Diário da Câmara dos Deputados
Eu entendi que era inconveniente que o Parlamento não se fizesse representar. Não há contradição nenhuma.
O Sr. António Fonseca: — V. Ex.ª ao menos pode tranquilizar-nos, dizendo-nos que não foi nenhum dos que partiram para Praga que fez essa sugestão?
O Orador: — A comissão julgou inconveniente que êste ano não houvesse representação de Portugal na conferência interparlamentar do comércio em Praga. Não tenho obrigação de assistir a todas as reuniões da comissão, nem da é obrigada a convidar-mo para todas as reuniões.
O Sr. António Fonseca: — O Ministro dos Negócios Estrangeiros!
O Orador: — O Ministro não tem sempre que tomar parte nas reuniões da comissão.
Muitas vezes o Ministro não pode fazê-lo, porque muitas vezes tem de usar da palavra no Parlamento quando tem do comparecer a essa reunião.
Não tinha por consequência que preguntar à comissão se tinha reünido para considerar se havia inconveniente na representação à conferência de Praga.
Não resta dúvida de que é de toda a conveniência, realmente para a Nação, haver representação nessa conferência.
Esta representação é mais reduzida que todas as representações anteriores. Nunca esteve representado Portugal apenas por dois membros, como acontece êste ano.
Apoiados.
O orador não reviu.
O Sr. Leote do Rêgo: — Sr. Presidente: quando tive a honra do falar referindo-me ao projecto do viagem aérea que vai ser realizada pelos distintos oficiais de marinha, os jornais fizeram alusões ao final do meu discurso.
Eu disse estranhar que, tratando-se duma viagem de grande importância, o Parlamento não tivesse sido informado.
Está presente o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, e espero que S. Ex.ª me fará a honra de me dizer o que há sôbre a projectada viagem aérea.
O orador não reviu.
O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros (Domingos Pereira): — Sr. Presidentes não pode o ilustre Deputado Sr. Leote do Rêgo mostrar estranheza pelo facto de a Câmara não ter conhecimento ainda da viagem de circunnavegação de que tanto se tem falado, o que é um projecto do Sr. comandante Sacadora Cabral.
Não podia mostrar estranheza, porquanto, só anteontem entrou no meu gabinete a proposta do ilustre oficial, sôbre estudos por êle feitos.
Essa proposta vai ser estudada pelo Ministro; e então será dado conhecimento à Câmara das intenções do Govêrno sôbre a viagem a realizar.
Não podia o Govêrno pronunciar-se sôbre um assunto que está em estudos e que só agora foram entregues pelo comandante Sacadura Cabral.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — O Sr. Cancela de Abreu pede para tratar, dm negócio urgente, do atentado dinamitista que acaba do dar-se no tribunal da Boa Hora.
É rejeitado.
O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — Então não aprovam isto? É um atentado contra os próprios tribunais.
Uma voz: — Para que é isso?
O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — Sr. Presidente: desejo preguntar ao Sr. Ministro da Justiça se tomou providências contra o atentado que acaba de dar-se.
Peço a palavra para antes de se encerrar a sessão.
Requeiro a contraprova.
Feita a contraprova, foi o negócio urgente rejeitado.
O Sr. Presidente: — Vai entrar-se na ordem do dia.
Tem a palavra o Sr. Pires Monteiro.
O Sr. Pires Monteiro: — Pedia a V. Ex.ª me informasse sôbre só está em discussão o capítulo 1.º e conjuntamente a proposta do Sr. Ministro da Guerra e a moção do Sr. António Fonseca.