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Diário da Câmara dos Deputados
outros pontos de vista, a atitude da minoria nacionalista, porquanto essa minoria se sente melindrada com a maioria por ter estado na véspera de Santo António à sua espera, não tendo aparecido.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Pina de Morais: — Sr. Presidente: eu assisti ao rompimento que aqui se deu entre o Partido Nacionalista e a Câmara.
Conheço a forma como a maioria e os independentes procuraram evitar êsse rompimento, acompanhei depois as negociações realizadas para que o Partido Nacionalista voltasse à Câmara.
Hoje pela moção que êsse partido votou e que vem publicada na imprensa vê-se bem como o facciosismo está inspirando a atitude dos nacionalistas.
Repilo com a maior energia qualquer insinuação, pois tanto na política, como na vida particular procedo sempre por forma honesta, e não permito que ninguém faça insinuações sôbre a minha actividade, política, considerando-a desprimorosa ou menos honesta.
Sr. Presidente: apesar da gravidade da moção eu creio que está no ânimo de todos que o Partido Nacionalista volte à Câmara; assim como entendo que o país exige dos parlamentares o máximo trabalho, o máximo cuidado e o máximo interêsse.
Entendo que é no seu lugar que cada um deve combater o procurar afirmar as suas opiniões defendendo o país.
Sr. Presidente: por tudo quanto venho expondo, em dois pontos principais se fundam as minhas considerações:
1.º Repelimos com energia o pretenso agravo que nos quis fazer o Partido Nacionalista;
2.º Fazemos os mais ardentes votos para que o Partido Nacionalista volte à Câmara.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Lino Neto: — Sr. Presidente: ouvi atentamente ler ao Sr. José Domingues dos Santos a nota do Partido Nacionalista.
Nessa nota, pareceu-me poder distinguir duas partes: uma delas é referente às relações entre o Partido Republicana Português e o Partido Nacionalista.
Quanto a esta parte, a minoria católica nada tem que dizer, porque respeita a autonomia de um e outro grupo.
A outra parte refere-se à função parlamentar.
Sr. Presidente: a êste respeito, devo dizer que a minoria católica Votou contra a moção António da Fonseca, que trouxe vários procedimentos por parte da oposição, tanto da minoria monárquica, como da nacionalista, que abandonou esta Câmara.
Porém a minoria católica entendeu dever continuar a frequentar os trabalhos parlamentares, mas precisa declarar que, estando aqui, o faz com toda a dignidade e independência, sem pressões de nenhuma espécie, e apenas com o objectivo de bem servir o país.
A esta declaração junta a minoria católica os seus votos, para que os Deputados nacionalistas voltem a ocupar o seu lugar, pois é necessário que todos os homens de valor, do país, se congreguem, para levar a bom termo a obra patriótica que sôbre todos impende.
Tenho dito.
O orador não reviu.
ORDEM DO DIA
O Sr. Ministro das Finanças (Vitorino Guimarães): — Sr. Presidente: pedi a palavra para comunicar que o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros não pode comparecer por virtude da recepção ao corpo diplomático, mas que eu me encontro habilitado a seguir a discussão do orçamento dêsse Ministério.
O Sr. Presidente: — Vai fazer-se uma contraprova sôbre o capítulo 7.º do orçamento do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Feita a contraprova, verificou-se estarem de pé 1 Sr. Deputado e sentados 60, pelo que foi considerado aprovado.
Seguidamente foram aprovados os capítulos 8.º, 9.º e 10.º, bem como as respectivas emendas do orçamento do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O Sr. Presidente: — Está concluída a votação do orçamento do Ministério dos Negócios Estrangeiros.