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Diário da Câmara dos Deputados
Na farmácia do exército há um procurador do conselho que eu não sei que funções exerce.
Chamo também a atenção do Sr. Ministro da Guerra para o facto que se pode dar na farmácia do exército de amanhã o sub-director deixar de exercer as suas funções e ter de ser substituído por um capitão dando ordens a mais graduadas.
Reputo isto anti-disciplinar.
Eu tinha pensado em fazer várias propostas, mas dispenso-me de me dar a êsse trabalho, visto que seria tempo perdido, porque não seriam aceitas.
Também devo dizer que não existem hoje supranumerários na Administração Militar. Todos os oficiais pertenceu ao quadro efectivo.
Cumpre-me ainda chamar a atenção do Sr. Ministro da Guerra para o facto de vir aqui o quadro de enfermeiros militares com a indicação de serem 28, quando êles são apenas 21, acrescentando que devido ao mau recrutamento esta instituição não faz senão desprestigiar o exército, pois como está é inconveniente para o serviço e contrário à disciplina.
No quadro auxiliar dos serviços de saúde vêm indicados mais elementos do que aqueles que realmente existem.
Para os serviços veterinários, vejo aqui a verba de 50 contos destinada à compra de aparelhos para fazer ferraduras. Julgo que esta verba era dispensável, porque o preço das ferraduras fabricadas, até hoje no Hospital Veterinário é superior 50 por cento ao preço que custam as fabricadas nos corpos montados. Estas custam $40 e as fabricadas no Hospital Veterinário custam $60.
Não compreendo a razão; mas o facto dá-se.
O Sr. Pires Monteiro: — Tenho fundamentadas para poder afirmar que, uma vez montadas convenientemente as máquinas para fabrico de ferraduras no Hospital Veterinário, estas ficarão por um preço mais reduzido do que as que se adquirem cá fora.
O Orador: — Mas hoje saem mais caras as ferraduras no hospital.
O produto daquela diferença de 50 por cento poderia servir para custear a compra dos aparelhos; e, assim, esta verba de 50 contos deveria desaparecer.
Com respeito aos serviços de saúde verifico, com mágoa, que êles continuam a ser tratados por parte dos Poderes Públicos com um deprêzo absolutamente condenável.
Todos reconhecem a conveniência que há em tê-los convenientemente montados; mas, quando se pede aquilo de que êles realmente carecem, todos torcem o nariz.
O que está no orçamento não chega; mas não vejo que se procure aumentar a verba.
Não seria demasiado que se inscrevessem mais seis contos anuais.
Também vejo aqui suprimida a verba para abono de $50 diários aos ferradores.
Porque não foi igualmente suprimida a verba de $50, destinada aos cabos enfermeiros?
Fui sempre defensor da idea de que se devem dar as melhores vantagens às praças da companhia de saúde, visto que, de contrário, não teremos pessoal habilitado; mas na proposta de melhoramento dos vencimentos dos funcionários públicos já se atende á situação dos cabos enfermeiros, de modo que não se torna já necessária a verba de $50, verba que nenhuma lei autoriza, e que muitas vezes tem servido apenas para satisfazer simpatias e beneficiar afilhados.
Por consequência, desde que é retirada aos ferradores, entendo que também o deve ser aos cabos enfermeiros.
Com respeito à verba de 1:700 contos para os hospitais militares, devo dizer a V. Ex.ª que estou de acôrdo em achá-la demasiada.
Tanto assim é que há três meses ainda se não tinham despendido 1:000 contos e frequentemente os vários géneros e artigos tiveram os seus preços aumentados.
Não tenho dúvida de que, havendo boa administração, ainda serão mais reduzidas as despesas.
E, a propósito, devo referir-me à necessidade que há de evitar o excessivo número de baixas, que há aos hospitais militares, especialmente na época da encorporação, e que em 50 por cento, seguramente, nenhuma razão há para se da-