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Sessão de 6 de Julho de 1923
tar que nem os oficiais ingleses se atreviam. a declarar, na sua presença, que V. Ex.ª fora acometido de pânico, de terror porque, mesmo admitindo que disso pudessem estar convencidos, a tal se opunha a Rua habitual correcção e muito menos V. Ex.ª com as suas qualidades de energia que ninguém lho pode contestar lhes admitiria a mais leve insinuação a tal respeito. V. Ex.ª, meu Exmo. general, não fez mais do que aceitar ti opinião da maioria dos oficiais presentes, embora, por êste facto, de modo algum V. Ex.ª deixasse do continuar a ter sôbre si todas as responsabilidades inerentes ao seu cargo.
V. Ex.ª era o único a quem o País poderia pedir responsabilidades pela maneira como eram conduzidas as operações.
Todos os oficiais presentes bem sabiam que a V. Ex.ª lhe não era admitido declinar qualquer parcela da sua responsabilidade em todos ou somente em alguns dos oficiais presentes.
V. Ex.ª meu exmo. general, não declinou, portanto, nem podia declinar responsabilidades que só, a V. Ex.ª competiam.
Esclarecida assim a parte mais importante do documento em questão, resta-me declarar a V. Ex.ª categoricamente que não o ouvi ler qualquer livro, onde se dissesse que o inimigo não bombardeava uma vila que não estivesse defendida.
Se V. Ex.ª quisesse fazer essa afirmação não precisava de livro, tam conhecida ela é.
Por último, V. Ex.ª não recusou licenças somente ao comandante de Fungue, para sair de Quelimane, mas também se a memória me não falha a um vapor norueguês, que ali se encontrava fundeado, e isto, e muito bem, com o fim de neles receber as mulheres e crianças da vila.
Finalmente se V. Ex.ª se utilizou dalgum gasolina foi para nele ter os arquivos e valores da expedição que deviam estar a coberto de qualquer eventualidade, mas em local onde os pudesse ter à disposição com facilidade.
E assim dou por concluída a análise do documento a que foi dada publicidade, pedindo a V. Ex.ª mo releve a demasiada extensão com que abusei da sua boa amizade o benevolência e mais uma vez eu insista junto de V. Ex.ª para que das instâncias superiores consiga a publicação do relatório de campanha, pois, estou certo, bem esclarecerá os espíritos mais dados à suspeição e a maliciosas interpretações.
Escusado é dizer a V. Ex.ª, meu Exmo. general, que desta carta pode fazer o uso que entender conveniente.
De mim aceite V. Ex.ª mais uma vez os protestos da maior estima e consideração e disponha do subordinado amigo certo muito obrigado. Eduardo Ferreira Viana, tenente-coronel do corpo do estado maior».
Resta uma última carta que não é de testemunha presencial. E do ilustre major general da armada, contra-almirante Pinto Basto, que refere o que ouviu dizer.
É do seguinte teor:
«Exmo. Sr. General Tomás de Sousa Rosa. — Acerca dos acontecimentos passados em Quelimane em 4 de Julho de 1918, declaro a V. Ex.ª que ouvi a um oficial de marinha, cujo nome me não é permitido dizer, que na conferência então realizada e convocada por V. Ex.ª em seguida à leitura dos quesitos feitos pelo então chefe do estado. maior, houve discussão entre os oficiais presentes, que emitiram as suas opiniões, mas nessa discussão V. Ex.ª não tomou parte, nem mesmo durante a mesma conferência V. Ex.ª não manifestou a sua opinião.
Interrompida a sessão, V. Ex.ª conferenciou com o chefe do estado maior em gabinete anexo e voltou à sala onde se achavam os outros oficiais todos e aí deu ordem para se tomarem as medidas necessárias para se resistir ao inimigo no caso de êle atacar a vila.
Desta minha carta poderá V. Ex.ª fazer o uso que entender.
De V. Ex.ª camarada muito atento e obrigado, Alberto Celestino Ferreira Pinto Basto, contra-almirante».
Tudo que tenho exposto à Câmara está referido no relatório que fiz e apresentei nas estações competentes. Êsse relatório é a minha defesa. Não o publico porque não tenho fortuna pessoal que mo permita fazer face à desposa de impressão, que