O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

21
Sessão de 6 de Julho de 1923
mente a V. Ex.ª que não podia dar outra resposta, pois, a verdade é que o nosso ponto de vista é manter e defender o que conseguimos na Conferência de Spa, pelos esfôrços do negociador, devido às boas relações que êle tinha com os aliados, muito especialmente a Inglaterra.
Eu não vi realmente, Sr. Presidente, que outra resposta desejaria o Sr. Cunha Leal que eu lhe dêsse, não sei que outra resposta S. Ex.ª me daria se estivesse neste lugar.
En creio, Sr. Presidente, que, atenta a situação em que nos encontramos, temos argumentos bastantes para defender o nosso ponto de vista, como aliás até hoje o temos feito.
Não sei, repito, que outra resposta pudesse dar a S. Ex.ª
Sr. Presidente: evidentemente, não poderei esquecer a minha proveniência política.
Os Govêrnos vivem do apoio das pessoas que têm responsabilidade na sua constituição, e não era natural, portanto, que eu seguisse outra forma diferente.
Aceito, com todo o prazer, a colaboração de todos os parlamentares, mas nunca a complacência, porque isso vem colocar-me numa situação de apoucamento.
Não entendo esta doutrina, quer sob o ponto de vista constitucional, quer parlamentar.
Entendo as boas relações e a união de esfôrços para dignificação da República, mas não a complacência.
Seria interessante que estivesse nestas cadeiras um Govêrno Nacionalista, e que se mancomunasse com os outros, esquecendo a sua proveniência política.
Não é isto que pede uma oposição parlamentar.
Nunca me apeguei ao poder, principalmente naqueles momentos em que êle não pode exercer a sua acção por falta de meios.
O Sr. Cunha Leal apresentou uma moção cuja conclusão não é justificada pelas premissas.
Julgue-se o que se quiser das minhas palavras.
Sustente-se ou não o Govêrno, mas o que devo declarar é que não posso aceitar a moção de S. Ex.ª
São estas as afirmações que entendo dever fazer à Câmara.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Francisco Cruz: — Sr. Presidente: pedi a palavra porque, encontrando-se doente Guerra Junqueiro, mal ficava à Representação Nacional não exprimir um voto sincero pelas melhoras dêsse grande português.
Apoiados.
Neste sincero voto certamente me acompanha toda a Câmara, ausciosa porque Junqueiro possa sobreviver, vencendo a doença que o acometeu.
Apoiados.
O Sr. Presidente: — Em vista da manifestação da Câmara, considero aprovada por unanimidade esta proposta.
A próxima sessão é segunda-feira, à hora regimental, com a seguinte ordem de trabalhos:
Primeira parte:
Emendas do Senado aos orçamentos já aprovados.
Proposta das receitas e despesas.
Interpelação do Sr. Cunha Leal ao Sr. Presidente do Ministério.
Parecer n.º 302, sôbre um acôrdo com a Companhia dos Tabacos.
Parecer n.º 385, preenchimento de vagas na Direcção Geral dos Impostos.
Parecer n.º 196, que cria o Montepio dos Sargentos.
Parecer n.º 442, considerando em vigor os artigos 10.º e 11.º da lei n.º 415.
Parecer n.º 477, projecto do Sr. Deputado Francisco Cruz.
Segunda parte:
Pareceres n.ºs 532-D e 423-A, que regulam o regime cerealífero.
Parecer n.º 493, fixando penalidades para os que jogam.
Parecer n.º 456, reforçando o artigo 41.º, capítulo 5.º, do orçamento de 1921-1922.
Parecer n.º 480, pagamento do empréstimo feito na Caixa Geral do Crédito Predial pelas câmaras, municipais.
Parecer n.º 350, empréstimo para a Escola Industrial da Figueira da Foz.
Parecer n.º 519, fixando o provimento dos conservadores dos museus das três universidades.
Parecer n.º 498, modificando disposições do Código do Registo Civil.
Parecer n.º 476, sôbre a forma de pa-