O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

13
Sessão de 23 de Outubro de 1923
custem 40 por cento mais caras que no estrangeiro.
Nada faz prever que assim seja, e até indicação em contrário, eu não penso outra cousa, pois está tudo em harmonia com os processos mundiais.
Eu desafio V. Ex.ª que me prove o contrário.
Muitos àpartes.
O Orador: — Eu estou à disposição de V. Ex.ªs e pronto a dar explicações à Câmara e ao País.
Uma voz: — Assim está certo.
Àpartes.
O Orador: — Eu entendi que o concurso era a melhor forma e nessa conformidade fui ter com as pessoas mais idóneas, procurando por todas, as formas defender os interêsses do Estado.
Creio ter respondido aos dois pontos mais importantes.
Nada mais tenho a dizer.
O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.
O Sr. Lúcio de Azevedo: — Falando neste assunto, eu cumpri um dever como parlamentar de dar explicações aos outros parlamentares, dos ultrajes que tenho recebido como Deputado.
Como funcionário, já entreguei nas mãos do Sr. Ministro das Finanças o meu pedido de demissão, e como cidadão já procurei um advogado para perante os tribunais fazer castigar os caluniadores.
Foi esta a razão por que usei da palavra.
O Sr. António da Fonseca (interrompendo): — Segundo a declaração, do Sr. Ministro das Finanças, parece que foi a administração da Casa da Moeda que propôs que se abandonasse a idea do Sr. Vitorino Guimarães para se fazerem em Portugal as moedas, mas pelas afirmações do orador parece exactamente o contrário!
O Sr. Ministro das Finanças (Velhinho Correia) (interrompendo): — O Sr. Aníbal Lúcio de Azevedo mente!
Sussurro.
O Orador: — Sob minha honra afirmo que foi V. Ex.ª, Sr. Ministro das Finanças, quem me ordenou!
O Sr. Ministro das Finanças (Velhinho Correia) (interrompendo): — Isso é falso!
Vozes: — Venha uma sindicância para todos!
O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.
Os àpartes não foram revistos pelos oradores que os fizeram, nem o Sr. Ministro das Finanças fez revisão das palavras que pronunciou.
Trocam-se àpartes de todos os lados da Câmara.
O Sr. Ministro das Finanças (Velhinho Correia): — Sr. Presidente: tenho a declarar que acoito todas as sindicâncias à minha vida e aos meus actos como Ministro.
As palavras do Sr. Lúcio de Azevedo não tem significação; são palavras de uma pessoa, como as de um náufrago, que, vendo-se perdido, se agarra a uma tábua de salvação!
Trocam-se àpartes que dificultam a tiragem das notas taquigráficas.
O Sr. Tôrres Garcia: — Pedi a palavra para demonstrar à Câmara a minha discordância com a doutrina do Sr. Álvaro de Castro, porque entendo que a moralidade dos homens públicos é que sustenta a moralidade do regime.
O Sr. Álvaro de Castro (interrompendo): — Eu demonstrarei que V. Ex.ª agora está de acôrdo comigo.
O Orador: — Sinto-me à vontade neste debate, e na função de julgar, porque não me importo de submeter à Câmara a apreciação de todos os actos. Ainda não chegou o momento em que os réus se arvorem em juizes e com peto ao Parlamento estabelecer o equilíbrio moral!
Apoiados.
Como o debato assumiu um aspecto grave, compete à Câmara generalizá-lo, para que se tome uma atitude, porque