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Diário da Câmara dos Deputados
O Sr. João Camoesas: — Tendo sido feitas referências à minha pessoa pelo Sr. Deputado e meu amigo Sr. António Correia, quero informar aqui o que disse a S. Ex.ª
O sindicante, Sr. José Jácome de Santana e Silva, da Escola Primária Superior de Elvas, é pessoa por cuja imparcialidade e honestidade eu fico de fiador em todos os campos. Não é exacto — está mal informado o Sr. António Correia — que o sindicante tivesse tomado a iniciativa de não ouvir as testemunhas no respectivo processo de sindicância.
Tendo sido, por parte do sindicado, apresentadas testemunhas em termos que ao sindicante não se afiguraram legais, S. Ex.ª consultou sôbre o caso a 1.ª Repartição da Direcção da Instrução Primária Normal, e foi nos termos da resposta dada por aquela Eepartição que o sindicante procedeu.
Verificou-se, pois, que são injustas as considerações bordadas pelo ÍSr. António Correia contra o Sr. Santana e Silva, que é uma pessoa reputada, entre amigos e inimigos, como absolutamente imparcial e honesta.
A sindicância foi mancada instaurar por virtude de uma queixa do inspector do círculo escolar de Elvas, queixa que S. Ex.ª fez no aso das suas atribuïções.
O facto de se fazer uma sindicância nfio significa um castigo ao sindicado.
Àparte do Sr. António Correia, que não se ouviu.
O Orador: — Vê V. Ex.ª, Sr. Presidente, depois do àparte do Sr. António Correia, quanta razão eu tinha em reputar menos justas as expressões que S. Ex.ª enderessou ao professor José Jácome da Silva, que, repito, é uma pessoa por cuja honestidade não tenho a mínima hesitação em ser. fiador em qualquer parte e de todas as formas.
Tenho dito.
O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.
O Sr. Plínio Silva: — Sr. Presidente: aos meus colegas e amigos António Correia o Garcia Loureiro direi que a verdade é só uma, e que se estou laborando em êrro, não tenho dúvida em dar a mão à palmatória.
Realmente a informação que tinha é que o telegrama que foi enviado para Elvas pedindo o relatório da sindicância era da autoria do Sr. João Mourato de Almeida, mas como aqueles Deputados afirmaram que foram êles que exerceram essa influência junto do Sr. Ministro, fica o caso arrumado por êste lado.
Mas o que S. Ex.ªs não contaram é que êsse professor veio a Lisboa e foi após as suas diligências que se fez a sindicância. Creio que esta explicação era necessária, e prova mais uma vez que eu costumo tratar todos os assuntos com a máxima seriedade.
Agora quero agradecer ao Sr. general Carmona, ilustre Ministro da Guerra, que não tenho a honra de conhecer pessoalmente, mas a quem todo o exército presta homenagem, as palavras que dirigiu à instituição que lhe merece todo o carinho. Todavia, permita V. Ex.ª, que eu, sendo muito mais novo, lhe faça sentir os inconvenientes que resultaram dessa conferência, que deu origem às apreciações que o Sr. Ministro da Guerra já conhece, e até ao boato de que S. Ex.ª estava demissionário. Creio, porém, que bastará o desmentido de S. Ex.ª ao que as paredes disseram, para todos se convencerem. Entretanto, alguma cousa se passou de facto numa conferência de 4 horas, e compreende-se, como é fácil fazerem-se conjecturas a tal respeito. Nestas condições, tendo aliás absoluta confiança como oficial do exército que mo honro de ser nas altas qualidades e competência de S. Ex.ª, desejaria que o Sr. Ministro da Guerra fôsse mais além, porque suponho que essa conferência teve alguma gravidade.
Termino, prestando as minhas homenagens ao Sr. Ministro da Guerra, e dizendo-lhe que da minha parte pode contar com o meu auxílio leal.
Tenho dito.
O discurso será. publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.
O Sr. Ministro da Guerra (General Carmona): — Sr. Presidente: agradeço com o maior carinho as palavras ditas