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Diário da Câmara dos Deputados
lutamente desnecessário generalizar a discussão, pois que, dada a categoria das pessoas que discutiram o assunto e a forma como foi debatido, a Câmara está esclarecida e orientada.
Aproveitemos agora o tempo noutros assuntos que exigem muito o nosso exame.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Álvaro de Castro (sôbre o modo de votar): — Êste lado da Câmara não vota o requerimento do Sr. Carvalho da Silva, porque entende que o Sr. Ministro das Colónias já pôs a questão com toda a clareza e defendeu absolutamente o seu procedimento como Ministro.
Antes de concluir, seja-me permitido congratular-me pelo facto do ex-Ministro das Colónias, Sr. Rodrigues Gaspar, ter sido restituído à sua plena voz.
Risos.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Carvalho da Silva (sôbre o modo de votar): — Depois do que foi dito na imprensa, isto é, que a maioria viria, aqui, levantar uma questão perante a qual nenhum Govêrno resistiria, eu julgava que não fôsse essa maioria a primeira a fugir à discussão. Não nos importa isso quanto à defeca ou ataque ao Govêrno; mas salientamos o facto para que o País veja e aprecie.
O orador não reviu.
Seguidamente foi pôsto à votação o requerimento, sendo rejeitado.
O Sr. Cancela de Abreu: — Requeiro a contraprova e invoco o § 2.º do artigo 116.º
Procede-se à contraprova e contagem.
O Sr. Presidente: — Estão sentados 73 Srs. Deputados, e 13 de pé.
Está rejeitado.
É aprovada a acta.
O Sr. Rodrigues Gaspar (para explicações): — Sr. Presidente: sinto deveras que o Sr. Ministro das Colónias me tenha respondido por uma forma tam agastada que mo pareceu denunciar que S. Ex.ª está muito molestado.
Tornou S. Ex.ª a falar em «lapso» referindo-se ao que eu afirmara ter sido efectivamente uma falta que só por mim e S. Ex.ª o Sr. Presidente da República podia ser remediada.
Disse o Sr. Ministro das Colónias que não tinha a responsabilidade de ter trazido esta questão para a Câmara.
Eu também não tenho interpretes nas Câmaras, e o que apareceu nos jornais também não partiu de inim como se vê pela leitura das notícias, mas partiu certamente do Govêrno.
Disse S. Ex.ª que tinha recebido emissários do meu partido, com respeito a esta nomeação em causa, e eu peço a S. Ex.ª que declare quem são êsses emissários, visto que o meu partido não encarregou ninguém dessa missão.
É preciso serenidade para tratar certas questões e não nos deixarmos levar por paixões, e desde que o Sr. Ministro se referiu ao facto de ter ordenado um inquérito, eu tenho que explicar a minha acção com a verdade nua e crua.
Sr. Presidente: nas minhas considerações não fiz acusações especiais e no que disse; parece que S. Ex.ª não apanhou a razão de ser da minha obra.
Quanto ao governador da Guiné, eu disse-lhe que não fizesse o requerimento que me informou que ia fazer, mas S. Ex.ª teimou e apresentou o requerimento, como se sabe.
Àpartes.
Mais tarde ouvi dizer que havia razão.
Montavam companhias coloniais, e vi que havia ligação entre os factos ocorridos o a transferência, do secretario do Govêrno e doutros funcionários.
Àpartes.
Eu continuo p. dizer que só por más informações S. Ex.ª o Sr. Ministro das Colónias disse o que ouvimos, porque doutro modo julgo-o incapaz de tais afirmações.
S. Ex.ª também afirmou que eu metera na minha gaveta um determinado processo não lhe dando andamento.
É falso.
S. Ex.ª não apanhou bem o que en disse, que, tendo-me alguém pedido que fôsse benevolente com o funcionário em questão, e que, tendo-me outra pessoa dito também que o processo era muito importante, eu chamara o respectivo director