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Sessão de 8 de Janeiro de 1924 17

A todos os republicanos se impõe; nada devo à República, nada da política solicitou.

Apoiados.

Tem procurado dar à República os altíssimos sacrifícios que vão até ao ponto de se alhear completamente até dos interêsses pessoais e da família.

Tudo tem sabido esquecer para pôr acima do todos os interêsses os interêsses superiores da Pátria e da República.

Apoiados.

São palavras de justiça que dirijo com todo o prazer ao chefe do Govêrno.

Tara, habilitados estavam nesta República a pôr de parte os valores morais, que, quando surge um homem como o Sr. Álvaro do Castro, não constitui senão um acto do justiça o dirigir-lhe estas palavras.

Um homem como eu, sem filiação partidária, teria obrigação de as dizer.

Os meus cumprimentos pois ao Sr. Álvaro de Castro e a muitos dos colaboradores de S. Exa. com quem mantenho velhas relações de amizade e por quem tenho uma justificada admiração a que os seus merecimentos dão motivo.

Entro êles, está o Sr. António da Fonseca, cuja obra na República tem sido de construção.

Apoiados.

Impõe-se à admiração do amigos e adversários.

Apoiados.

No Ministério da Guerra vejo uma das figuras mais distintas do nosso exército, que nas horas do perigo nenhuma importância liga à sua vida, porque a considerava pequena ante a honra e dignidade da República.

Outros são antigos parlamentares; e outros, não o sendo, têm procurado lá fora com obras e intenções demonstrar superiores qualidades de inteligência para a obra administrativa da República.

Desejo salientar com prazer que êste Govêrno tem representá-lo características do valor moral.

Apoiados.

O Sr. Álvaro do Castro, na sua Declaração Ministerial faz declarações que são para nós todos a demonstração de que procurará sobretudo sanear o ambiente da administração republicana.

Nada pode ser mais grato em política do que ver traduzirem-se em factos estas consoladoras o animadoras palavras, o que a todos os republicanos deve contentar.

Quero chamar a atenção do Chefe do Govêrno para os factos que tem do prender a atenção do S. Exa., que, como republicano, se tem batido pela República, à, qual tem dado quanto é possível dar a um princípio.

Refiro-me a certas autoridades administrativas que, se não tem mostrado espírito de hostilidade aos republicanos, em todo o caso demonstram a sua inferioridade lamentável.

Apoiados.

Não trato de discutir agora nenhum caso concreto.

Desejo, antes de fazer algumas considerações a respeito do factos políticos, pedir aos Srs. Álvaro de Castro o Ministro do Interior que atendam ao que se está. passando em alguns pontos do país, e que não pode prestigiar a República.

Êstes reparos, Sr. Presidente, não deminuem de modo algum a muita consideração que eu tenho, não só pelo Sr. Presidente do Ministério, como pelo Sr. Ministro do Interior, fazendo votos por que os seus actos correspondam aos desejos de muitos republicanos.

Nem outra cousa será de esperar de velhos republicanos, como o são o Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior.

Sr. Presidente: o Govêrno pensa, o muito bom, em preocupar-se unicamente com a política financeira, colonial o internacional.

O momento, Sr. Presidente, não comporta outras preocupações: pois, a verdade é que trazer efectivamente para o debate aqui, ou lá fora, questões mínimas, não fará senão enfraquecer os propósitos superiores do Govêrno, que aliás devem ser de todo o País, qual seja o do legalizar a nossa administração pública.

Desejo, Sr. Presidente, aplaudir sinceramente os propósitos do Govêrno, reduzindo as despesas.

Tudo quanto possa fazer nêsse campo, mesmo que surjam reclamações, terá o inteiro aplauso do País.

O Govêrno, Sr. Presidente, simplesmente ao fazer êsses cortes que pretende realizar, deve proceder com toda a justiça e