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10 Diário da Câmara dos Deputados

O Sr. Presidente: — Parece-me também poderem ser votados os dois requerimentos.

Porei primeiramente à votação o requerimento do Sr. Presidente do Ministério.

É aprovado o requerimento do Sr. Presidente do Ministério.

É aprovado o requerimento do Sr. Carvalho da Silva.

É posta à votação a acta.

O Sr. Agatão Lança (sobre a acta): — Sr. Presidente: tem sido praxe nesta Câmara, e eu mesmo já uma vez me vi na necessidade de recorrer a essa praxe, para restabelecera verdade, referir-me ao relato dos jornais.

No Diário de Lisboa, de ontem, vem uma frase, posta na boca do Sr. Cunha Leal,'dirigida à minha pessoa, e que eu não ouvi.

A ser verdade, seria uma insídia que me fora dirigida.

O Diário de Lisboa tem o cuidado de não pôr nenhuma palavra minha, e está no seu direito, que lhe não contesto. Mas teve o cuidado de publicar toda a sorte de apartes que me foram dirigidos, e na boca do Sr. Cunha Leal pôs uma frase que, se a tivesse ouvido, teria nessa altura a devida resposta.

Pedia ao Sr. Cunha Leal o favor de me dizer e à Câmara se é verdadeira a frase do Diário de Lisboa.

O orador não reviu.

O Sr. Cunha Leal: — Evidentemente é meu dever e costume tomar a responsabilidade das palavras que profiro, ainda, quando tenha ido mais além daquilo que a minha consciência me ditava.

Compreendo que as condições acústicas da sala impedem os jornalistas de ouvir claramente o que dizemos.

Não compreendo, porém, que me fossem atribuídas tais palavras.

Não tinha que pedir a S. Exa. satisfação de o seu voto ser determinado duma ou doutra forma.

Quando S. Exa. tem: pedido a palavra para: um requerimento, de forma alguma tenho recusado o meu voto â êsse requerimento.

É que S. Exa., não aprovando o meu requerimento, recusava-me a única tribu-

na em que podia dar explicações, o que me feria profundamente. Mas não atribuí nunca a S. Exa. propósitos de me caluniar, nem quaisquer intuitos menos nobres.

Trata se, portanto, dum equívoco, onde não deve haver intenção maldosa, não havendo motivo para o Sr. Agatão Lança se considerar ofendido, porque eu não o quis ofender.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Agatão Lança: - Sr. Presidente: agradeço ao Sr. Cunha Leal as declarações claras e precisas que fez, como ô próprio do seu carácter.

Devo dizer a S. Exa. que eu ontem, pedindo a palavra para explicações, fi-lo por mais uma prova de gentileza para com S. Exa.

De facto, neguei o meu voto para se tratar dum assunto relativo a jornais, mas se fôsse para se tratar dum assunto que se referisse ao Sr. Ginestal Machado eu daria o meu voto a S. Exa.

O Sr. Cunha Leal pertence a um partido que tem um órgão na imprensa, e nele podia ocupar-se da questão.

Repito, agradeço ao Sr. Cunha Leal as suas explicações, e isto mostra que tenho por S. Exa. uma consideração que o jornal a que aludi não teve para comigo, nem para com o Sr. Cunha Leal.

Tenho dito.

O orador não reviu.

Foi aprovada a acta.

Pedido de licença

Do Sr. Joaquim Brandão, 8 dias. Concedido.

O Sr. Presidente: — Vai passar-se à ordem do dia.

ORDEM DO DIA

O Sr. Presidente: — Vou dar a palavra aos oradores inscritos sôbre a questão cambial.

O Sr. Tavares de Carvalho (para um requerimento): — Requeiro, que seja prorrogada a sessão sem interrupção, sendo necessário, até terminar o debate relativo à questão cambial.

Foi aprovado.