O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Sessão de 25 de Janeiro de 1924 27

Eu pregunto a V. Exa. se um dia não haverá maneira de pôr termo a êste abuso, que é praticado por todos nós, mas de que a Presidência tem a principal responsabilidade.

Uma voz: - Mas já falou duas vezes.

O Orador: — É verdade que já falei, duas vezes, mas agora foi para protestar contra o abuso que todos praticamos.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — Vai entrar-se no período de

Antes de se encerrar a sessão

O Sr. Lelo Portela: — Sr. Presidente: o assunto que vou tratar é da máxima importância, e merece toda a atenção da Câmara.

Em primeiro lugar cumpro o dever de agradecer a V. Exa., Sr. Ministro da Agricultura, por ter acedido ao meu convite.

Referindo-me ao assunto para que pedi a palavra, devo dizer que me consta haver a Manutenção Militar comprado determinada quantidade de trigo exótico.

Neste momento, sabe V. Exa. e sabe a Câmara quanto é de grave comprar-se trigo exótico.

É preciso que o Sr. Ministro declare que isto não passa dum simples boato para exploração.

Peço, pois, ao Sr. Ministro da Agricultura que responda às minhas preguntas.

1.° Se de facto a Manutenção Militar autorizou a compra de trigo exótico nestes últimos 60 dias?

2.° Se houve concurso para a aquisição dêsse trigo?

Quem autorizou essa compra?

Se foi o Ministério da Agricultura?

Ou, se não foi, qual foi o Ministério que o autorizou?

A quanto monta o total dessa requisição?

Eram estas as preguntas que eu desejaria que S. Exa. me respondesse.

O Sr. Ministro da Agricultura (Azevedo Gomes): — Sendo esta a primeira vez que falo nesta casa, antes de mais nada saúdo

V. Exa., Sr. Presidente, e na pessoa de V. Exa. a Câmara dos Deputados do meu País.

Isto pôsto, vou responder claramente ao ilustre Deputado Sr. Lelo Portela.

Devo começar por afirmar que tenho como condição basilar o consumo do trigo nacional; e não são só palavras, tenho actos, que provam ser êsse o meu propósito.

Quando entrei para o Ministério recebia-se só três, quatro ou seis vagões de trigo; agora chegam em média vinte, trinta e quarenta vagões, o que representa um esfôrço e muito boa vontade por parte dos Caminhos de Ferro de Sul e Sueste, devendo-se muito êsse resultado ao Sr. Ernesto Navarro.

Devo, porém, dizer que, embora fôsse o ano passado um ano bom de trigo, a falta de transportes tem dificultado a vinda do trigo nacional, e a própria lavoura que não acode com êle.

A situação, infelizmente, quando comecei a actuar era má. Autorizei a importação na importância de sete milhões de litros.

É isto que posso dizer a êste propósito.

O orador não reviu.

O Sr. Lelo Portela: — Agradeço a V. Exa. à as explicações que me deu.

O Sr. Presidente: — Aproxima sessão é n 9 dia 28 à hora regimental, com a seguinte ordem de trabalhos:

Antes da ordem do dia: A mesma, menos o parecer n.° 56.

Ordem do dia:

A de hoje.

Está encerrada a sessão.

Eram 19 horas e 50 minutos.

Documentos mandados para a Mesa durante a sessão

Constituição de comissões

Instrução Superior:

Presidente — João Camoesas.

Secretário - Sousa Coutinho.