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Sessão de 15 de Fevereiro de 1924

lar qualquer orador, nem tolher o livre exercício de crítica; desejo a aprovação da proposta sôbre estradas, mas direi que não está no meu feitio conduzir o meu voto até ao ponto de adoptar um sistema ao qual sou antagónico.

Não tenho senão que agradecer à Câmara a sua atenção.

O orador não reviu.

O Sr. Carlos de Vasconcelos: — Sr. Presidente: o Sr. Jorge Nunes frisou o facto de eu ter tido conhecimento de que o Sr. Ministro do Comércio prefere a questão política à aprovação do negócio urgente.

Eu não tinha ouvido as palavras do Sr. Ministro do Comércio, em que havia pôsto a questão de confiança, caso fôsse aprovado o negócio urgente por mim proposto, por isso não mando imediatamente para a Mesa um pedido de desistência dêsse negócio urgente.

No emtanto S. Exa. fez considerações que mais ou menos me obrigam (Não apoiado do Sr. Ministro do Comércio) e obrigam a Câmara a não prosseguir no negócio urgente.

Têm o Sr. Ministro do Comércio e o Govêrno o meu máximo apoio.

Há, porém, questões em que não posso subordinar o meu modo de pensar ao do Govêrno. Estas questões são as que nenhuma relação tem com a política. São as questões de ordem económica.

Permita-me S. Exa., por quem tenho aliás a maior consideração, que profira algumas palavras estranhando que S. Exa. houvesse pôsto a questão política sôbre uma questão com que a política não deve ter absolutamente nada.

Discute se o problema das estradas. O Sr. Plínio Silva declarou à Câmara que fará larguíssimas considerações sôbre a matéria.

Nestas condições, não suponho que se possa tratar dêste assunto com a amplitude a que tem direito, senão dentro de largo tempo. E V. Exa. sabe o que significam as palavras de ampla discussão.

O Sr. Plínio Silva: Desejava que S. Exa. fôsse claro nas suas palavras, como claro fui nas minhas.

S. Exa. está a pronunciar-se de maneira que parece que eu tive qualquer pensamento, reservado.

O Orador: — Apenas, me referi às palavras que S. Exa. disse à Câmara.

Levará essa ampla discussão certamente três a quatro dias.

O Sr. Plínio Silva: — Sr. Presidente: falo em nome da comissão de obras públicas e minas, para que tive a honra de, ser eleito há dois dias. Nessas condições, eu pão poderia deixar passar em julgado as afirmações que fez o Sr. Ministro do Comércio.

Sr. Presidente: a proposta de lei que o Sr. Ministro do Comércio apresentou à Câmara do facto vai ser apreciado por mim com certa largueza e naturalmente pelos meus colegas na comissão e pelos membros da comissão de finanças. Além disso, será também apreciada por outros Srs. Deputados.

O facto de não estar, constituí 4.ª comissão quando da apresentação da proposta do Sr. Ministro do Comércio não pode servir, de desculpa para a urgência, que S. Exa. pediu, porque assim a discussão será mais demorada e, de resto, a comissão constituiu-se ràpidamente e daria o seu parecer ràpidamente, por isso que já tinha elaborado o parecer n.° 135, mostrando da parte dos seus membros, bem como dos da comissão de finanças, conhecimento detalhado do assunto, tanto mais que são os mesmos indivíduos que compuseram a comissão na sessão legislativa passada.

Mas o espírito de injustiça do Sr. Ministro do Comércio ainda se revela no seguinte: quando S. Exa. se referiu há pouco aos Deputados que têm estudado êste assunto propositadamente ocultou o meu nome, e afirmou que nesta Câmara não tem havido outras pessoas que se tenham interessado pelo assunto. Ora eu convido toda a Câmara a ler o Diário das Sessões para ver que fui eu o primeiro aqui na Câmara a tratar do assunto, e só depois S. Exa. apresentou á Câmara a sua proposta, de que, aliás, eu fui um grande colaborador na discussão na Câmara.

Era isto o que eu não podia deixar de dizer.

O orador não reviu.

O Sr. Carvalho da Silva (para interrogar a Mesa): — Sr. Presidente; o Artigo 21.° do Regimento diz que a sessão du-