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8 Diário da Câmara dos Deputados

rara quatro horas e que antes da ordem do dia haverá uma hora destinada aos Srs. Deputados que queiram tratar de vários assuntos. Ora o Sr. Plínio Silva declarou que há-de usar largamente da palavra, e muito bem, com a competência que lhe conhecemos, sôbre o problema das estradas, afirmando que era intuitivo que muitos outros Deputados usassem da palavra. Portanto, o problema das estradas vai levar algumas semanas a discutir.

Queria, pois, que S. Exa. me dissesse se durante todo êsse tempo os Deputados estão impedidos de discutir a momentosa questão do pão e da carestia da vida que são reclamações instantes da opinião pública.

Pregunto se o Parlamento pode estar nesta situação, desde que o Sr. Ministro do Comércio não quere que se trate destas questões importantes.

O Sr. Presidente: — V. Exas. têm o período de antes de se encerrar a sessão.

O Orador: — É um período muito curto e no qual não se pode tratar de questões importantes.

O Sr. Presidente: — A Câmara é que resolveu que se discutisse êste assunto antes da ordem do dia com prejuízo dos oradores inscritos e a inscrever.

O Orador: — De maneira que durante algumas semanas o Sr. Ministro do Comércio não quere que se trate de outros assuntos.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicar coes (António da Fonseca): — Não sou eu que não quero, é a Câmara.

O Orador: — A pedido de V. Exa.

O Sr. Presidente: — Deu a hora de se passar à ordem do dia. Está em discussão a acta.

Pausa.

O Sr. Presidente: — Como ninguém peça a palavra, considero-a aprovada.

Dá-se conta do expediente que dependia da resolução da Câmara.

Admissão

Projecto de lei

Do Sr. Manuel de Sousa Coutinho, criando uma assemblea eleitoral na freguesia de Cachopo, concelho de Tavira.

Para a comissão de administração pública.

Oficio

Do Juízo da comarca de Moimenta da Beira, pedindo autorização para depor o Sr. Paiva Gomes.

Concedido.

O Sr. Plínio Silva (para interrogar a Mesa): — Sr. Presidente: pregunto a V. Exa. se não consulta a Câmara sôbre o meu pedido de negócio urgente.

O Sr. Presidente: — Ia agora fazê-lo. O Sr. Plínio Silva deseja ocupar-se em negócio urgente do Congresso da Imprensa Latina para lhe propor uma saudação.

Os Srs. Deputados que aprovam, queiram levantar-se.

É aprovado.

O Sr. Plínio Silva: — Sr. Presidente: está reunido em Lisboa o 2.° Congresso da Imprensa Latina. Não vou dizer quais são os seus objectivos, porque a Câmara os conhece perfeitamente através das referências dos jornais, e sabe que êles são importantíssimos, mas entendo que não devem deixar de merecer a atenção da Câmara.

Com efeito, êles representam um acontecimento a meu ver de largo alcance e que deve interessar a Nação Portuguesa e, portanto, os seus representantes.

O Congresso da Imprensa Latina que se está a realizar em Lisboa, além dos seus objectivos, dá lugar a que os representantes da imprensa latina examinem de perto qual é o estado do nosso País e fiquem convencidos de que as noticias tendenciosas que lá fora muitas vezes se espalham não correspondem à verdade.

Apoiados.

Eu folgo em registar as palavras justas que o representante de um dos mais importantes jornais da Europa pronunciou na sessão de ontem do Congresso, ao afirmar que «o constante movimento das ideas e aspirações em Portugal era comparável ao de um motor cujo número