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Sessão de 10 de fevereiro de 1924 9

normal de rotações está muito além daquele que tecnicamente lhe é atribuído.»

O importante acontecimento, que indubitavelmente é a realização do 2.° Congresso da Imprensa Latina em Lisboa, deve ser olhado por todos nós com evidente e justificada simpatia pela esperança que podemos passar a ter nos bons resultados da propaganda de todos os que, tendo tomado parte, nesse Congresso, tiveram ocasião de constatar as diversas manifestações da nossa vitalidade.

É, Sr. Presidente, injusto seria eu se, ao saudar o 2.° Congresso da Imprensa Latina, esquecesse o prestigioso nome do Sr. Dr. Augusto de Castro que na efectivação dêsse mesmo Congresso desempenha um papel digno, a todos os respeitos, dos maiores louvores.

A saudação que mando para a Mesa é do seguinte teor:

A Câmara dos Deputados da República Portuguesa saúda o 2.° Congresso da Imprensa Latina e os países nele representados, e faz votos por que os ilustres congressistas, durante a sua permanência em Portugal, apreciando com inteira justiça e imparcialidade a vida portuguesa nos seus múltiplos aspectos e manifestações, melhor habilitados fiquem à intensificação, nos seus órgãos, da obra de defesa e auxílio dos nossos legítimos interêsses nacionais. — Plínio Silva.

É lida, admitida e entra em discussão.

O Sr. Jorge Nunes: — Sr. Presidente: sem deixar de reconhecer o alto valor que devemos atribuir ao Congresso da Imprensa Latina, que neste momento se está realizando em Lisboa, porquanto, seguramente, do desejo de saber de muitos congressistas só pode resultar um melhor e mais justo conhecimento do nosso País, mas entendendo que cada um se deve colocar no seu lugar, eu proponho que a proposta de saudação apresentada pelo Sr. Plínio Silva seja dividida em duas partes: uma em que o Parlamento saúda o Congresso da Imprensa Latina e os países nele representados; e a outra parte o restante da proposta. A primeira parte o Partido Nacionalista dá inteiramente o seu voto.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Carlos de Vasconcelos: — Em nome do Grupo de Acção Republicana, associo-me ao voto de saudação proposto pelo Sr. Plínio Silva.

O Sr. Aires de Ornelas: — Em nome da minoria monárquica e em meu nome pessoal, na minha antiga qualidade de director de dois jornais e ainda da de membro, duma das nações que mais integrante parte fizeram da União Latina, associo-me ao voto de saudação que acaba de ser proposto.

Nenhum país mais do que Portugal contribuiu para levar aos confins do globo essa civilização latina que é o nosso orgulho e timbre de glória, e nenhum mais do que êle se esforçou por espalhar as conquistas dessa civilização.

E, pois, calorosamente que eu me associo à proposta de saudação ao Congresso da Imprensa Latina e dou o meu voto à distinção feita pelo Sr. Jorge Nunes.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Agatão Lança: — Também eu, em meu nome pessoal, tenho a honra de me associar à proposta de saudação ao Congresso da Imprensa Latina e faço-o porque, democrata profundo como me prezo de ser, entendo que a imprensa, sobretudo nos países de regimes democráticos, tem uma alta missão a desempenhar.

Associo-me ainda a essa proposta na esperança de que dêsse congresso não fiquem apenas brilhantes afirmações de princípios, mas também a efectivação de ideas práticas que interessem aos países nele representados.

Eu, que alguma cousa tenho visto no estrangeiro, espero que os ilustres jornalistas actualmente nossos hóspedes possam lá fora fazer aquela obra de justiça que nos é devida, não acolhendo de futuro, com a costumada facilidade, as notícias fantasiosas urdidas contra o bom nome de Portugal e da República.

O orador não reviu.

O Sr. Lino Neto: — Sr. Presidente: por parte da minoria católica, e aceitando a distinção feita pelo requerimento apresentado pelo Sr. Jorge Nunes, associo-me à primeira parte da proposta do Sr. Plínio Silva, reconhecendo a justiça de o Parla-