O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

10 Diário da Câmara dos Deputados

mento afirmar a sua solidariedade para com os altos representantes da imprensa latina que actualmente se encontram em Lisboa.

A imprensa é um dos instrumentos principais de propaganda e de defesa de ideas e de afectos. É, por conseguinte, conveniente mantê-la à máxima altura da sua influência é do seu prestígio.

Tenho dito.

Vozes: — Muito bem.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças (Álvaro,de Castro): — Pedi a palavra Sr. Presidente, para, em nome do Govêrno a que tenho a honra de presidir, me associar gostosamente à homenagem prestada pelo Parlamento aos congressistas representantes da imprensa latina.

O Sr. Presidente: — Vou consultar a Câmara sôbre o requerimento formulado pelo Sr. Jorge Nunes para se dividir em duas partes a proposta apresentada pelo Sr. Plínio Silva.

A primeira parte é a seguinte:

«A Câmara doa Deputados da República Portuguesa saúda o segundo congresso da imprensa latina e os países nele representados».

O resto da proposta constitui a segunda parte.

Posto à Votação é requerimento, foi aprovado.

Posta à votação a primeira parte da proposta, foi aprovada.

Posta à votação ã segunda parte da proposta, foi rejeitada.

O Sr. Plínio Silva: — Requeiro a contraprova.

Procedendo-se à contraprova, verificou-se o mesmo resultado.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (António Fonseca): — Sr. Presidente: os incidentes ocorridos antes da ordem do dia não me deixaram dar conta à Câmara do estado actual dos serviços telégrafo-postais.

Tenho a máxima satisfação em comunicar à Câmara que, segundo as informações que me foram prestadas pela Administração Geral dos Correios e Telégrafos e pela visita que eu pessoalmente fiz ainda esta manhã a todas as dependências dessa Administração, e de modo especial às secções mais em contacto com. o público, os serviços sê encontram inteiramente normalizados.

Não posso dispensar-me de chamar a atenção da Câmara para o que foi o grande esfôrço despendido nos últimos dias pelos funcionários telégrafo-postais. Efectivamente, a classe telégrafo-postal dispôs-se a fazer um esfôrço notável para a normalização de todos os serviços, correspondendo, assim, não só ao meu desejo, mas ao da Câmara, e, estou seguro, ao desejo unânime de todos os nossos compatriotas.

Extraordinariamente notável foi, com efeito, o esfôrço que todos os empregados telégrafo-postais fizeram para conseguir normalizar os serviços em atraso, demonstrando assim plenamente ao Govêrno e ao Parlamento que são pessoas que, pela sua dedicação e patriotismo, bem merecem que o Poder Legislativo se ocupe desde já de atender às suas reclamações, que sejam justas e razoáveis.

Sr. Presidente: durante o período, que se pode considerar como de greve, o dos últimos dez dias, tive ocasião de realizar conferências com os funcionários telégráfo-postais de que resultou o regresso ao estado normal. Fiz isso, supondo prestar ao País e creio que realmente prestei—um bom serviço.

Comprometi-me, porém, a pedir ao Parlamento, logo após a normalização dos serviços telégrafo-postais, que se ocupasse das reclamações da classe, entre as quais algumas há, como todos sabem, de inadiável solução por serem absolutamente justas.

Desde que os funcionários telégrafo-postais mostraram que nenhuma ameaça ou pressão pretendem exercer sôbre os poderes constituídos, devo declarar que chegou, emfim, a hora de, satisfazendo o compromisso que tomei com a classe, pedir à Câmara dos Deputados que ràpidamente inicie a discussão da proposta apresentada com as bases para a remodelação dos serviços telégrafo-postais.