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8 Diário da Câmara dos Deputados

clamação à comissão de reparações pelos prejuízos causados pela insubordinação monárquica.

6.° Que seja relegado ao Poder Executivo o facto de não estar ainda satisfeito o serviço que o peticionário prestou na censura postal.

Todas estas resoluções devem ser transmitidas aos Srs. Ministros da Guerra e das Colónias.

Sala da comissão de guerra, 5 de Agosto de 1920.— João Pereira Bastos — Tomás de Sousa Rosa — Júlio Cruz — Viriato Gomes da Fonseca — Albino Pinto da Fonseca — João E. Águas.

Senhores Deputados.— A comissão de guerra, em presença do requerimento do Sr. Sá Pereira e referente ao parecer n.° 560, e ponderando a doutrina do mesmo parecer, julga e resolve que nada mais lhe tem a acrescentar.

Sala das Sessões, 23 de Maio de 1923. — Tomás de Sousa Rosa — José Cortês dos Santos — António de Mendonça — Albino Pinto da Fonseca — João Estêvão Águas.

Exmo. Sr. Presidente da Câmara dos Deputados. — Salvador José da Costa, capitão picador, em comissão no Ministério das Colónias, tendo tido conhecimento de que na nota de assentamentos, enviada não sabe por que repartição, e pedida pela comissão de guerra da Câmara dos Deputados, em virtude da reclamação do requerente, não se acha averbado um dos castigos, sofrido no regimento de artilharia n.° 2 em Outubro de 1918, e não sendo essa nota cópia fiel da folha que o acompanha, e transitou, por todos os regimentos o colónia da África Ocidental, e se acha depositada no Ministério das Colónias, ocasionando assim não parecer verdadeira a sua reclamação, o que ouviu afirmar por alguns membros na comissão de guerra dessa digna Câmara, no respeitante aos castigos, envia a cópia janta da sua folha, pedida oficialmente, esperando seja averiguada a causa dessa eliminação que tanto o prejudicou em sua dignidade e para que o requerente não encontra explicação, porquanto tendo indagado particularmente no Ministério da Guerra, na respectiva repartição, aí lhe foi dito não constar ter-se enviado nota

dos assentos a essa digna Câmara; mui respeitosamente

Pede a V. Exa. lhe seja feita justiça como requeiro.

Lisboa, 6 de Agosto de 1920.— Salvador José da Costa, capitão picador.

Exmo. Sr. Presidente da Câmara dos Deputados.— Salvador José da Costa, capitão picador do exército, fazendo serviço no Ministério das Colónias como ajudante de campo do Governador Geral de Angola, vem perante a digna Câmara de que V. Exa. é ilustre Presidente expor os seus sofrimentos morais e materiais, por isso que o facto de a Republica ter novamente reconquistado o seu lugar para que o abaixo assinado cooperou em nada lhe serviu, continuando a sofrer as conseqüências de ter prestado serviços no período que vai de 14 de Maio de 1915 a 8 de Dezembro de 1917; podendo isto justificar-se no período do sidonismo, mas nunca após êsse nefasto crime, em que os seus correligionários em vez de o levantar moral e materialmente, dando seguimento aos seus inúmeros requerimentos e vendo da sua justiça, que ressalta, segundo opiniões extra-oficiais, se limitaram a indeferir, permitindo que os intermediários a quem não convém a reabilitação do abaixo assinado, vençam, conseguindo os seus fins.

Antes de narrar por quanto tem passado e o que tem sofrido desde 9 de Dezembro de 1917 até esta data, necessita o abaixo assinado expor: que para fazer face às perseguições e seus resultados devido ao período sidonista, teve de vender quanto possuía em Évora por 2.700$, como se pode verificar da Conservatória dessa cidade, e a sua casa ficou em Lisboa, por ter sido desterrado, nunca mais a pôde reunir, devido à mudança fora das suas vistas e o conservar-se fechada até hoje, por as suas circunstâncias lhe não permitirem fixar-se; encontrando-se hoje toda inutilizada; era a casa com que criou treze filhos, dos quais quatro estiveram conjuntamente na guerra, morrendo um em resultado da mesma.

Posto isto passa a narrar os acontecimentos.

Por indicação de V. Exa. em 14 de Maio de 1915, ao Sr. Norton de Matos, chefe de gabinete da Secretaria da Guer-