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18 Diário da Câmara dos Deputados

afirmar claramente que tinha proposto os coeficientes 8, 12 e 16.

Pretendeu-se novamente desmentir a sua afirmação, e eu, que não tinha duvida de que quem estava com a verdade era o meu ilustre amigo Sr. Carvalho da Silva, tive o cuidado de ir à redacção desta Câmara consultar a tradução dos discursos e encontrei nessa tradução a demonstração absoluta de que quem dizia a verdade era o ilustre sub-leader monárquico e que quem estava fora da verdade era quem o tinha desmentido.

Sr. Presidente: na sessão n.° 144, de 26 de Setembro de 1923, o então Ministro das Finanças disse o seguinte, que se encontra a folhas 220 das traduções:

Leu.

Aqui está, portanto, a confirmação daquilo que foi afirmado pelo Sr. Carvalho da Silva em a aparte» ao Sr. Ministro das Finanças.

Confirma-se, portanto, inteiramente, não podendo haver equívocos, que o Ministro das Finanças de então propôs inicialmente que os coeficientes fossem 8, 10 e 16, e não 8, 9 e 10; quere dizer; demonstrou-se mais uma vez que alguma cousa havia de lucrar o país com a fiscalização da minoria monárquica.

O mais curioso ainda é que êsse Ministro, propondo os coeficientes 8, 12 e 16, veio afirmar depois que o nosso pais era o país da Europa que estava mais sobrecarregado.

Isto serve para demonstrar a V. Exa., Sr. Presidente, que nunca àqueles que são realmente trabalhadores e estudiosos escapam os erros, os equívocos, as erradas suposições, como era errada a suposição que se dava num caso desta natureza.

De maneira que isto quê trago à Câmara só serve para demonstrar que nós aqui estamos sempre com a verdade e que aqui há quem tenha o conhecimento exacto dos resultados da promulgação de medidas desta natureza.

V. Exas. calculam como é diferente propor para a contribuição predial rústica, em vez dos coeficientes 8, 12 e 16, os coeficientes 8, 9 e 10.

Isto serve para mostrar ao Sr. Álvaro de Castro-que se se incorre em faltas desta natureza quando se é o próprio autor das propostas, a que fará com aquelas

que S. Exa. nem sequer lê, limitando-se a assiná-las e enviá-las para a Mesa.

Sr. Presidente: a comissão de finanças, com os respectivos agregados, num entendimento talvez único, desde que me encontro nesta casa do Parlamento, da parte daqueles que não estão com o Govêrno duma maneira incondicional, havendo sempre o cuidado de assinar com restrições quando não se é vencido inteiramente, a comissão de finanças, repito, numa harmonia de vistas verdadeiramente enternecedora, abrindo os seus braços carinhosos ao Sr. Ministro das Finanças, arvorando-se em sua tutora, procurando dar a S. Exa. um pouco da noção do seu papel e das suas funções, a comissão de finanças, numa unanimidade de vistas digna de registar, foi à proposta que estava sendo discutida e que era a quarta ou quinta posterior à proposta inicial do ilustre Deputado Sr. Velhinho Correia, e procurou expurgar dela os seus defeitos os seus males e reconstituir uma contra proposta, como aqui se lhe chama, que até certo ponto vai satisfazer as aspirações do Sr. Ministro das Finanças, porque, com efeito, procura dar-lhe aquela receita que S. Exa. julga precisa para poder conduzir a barca governamental.

Eu, Sr. Presidente, se isto não é indiscrição, pedia ao Sr. presidente da comissão de finanças, Sr. Barros Queiroz, o favor de me informar qual é a receita provável em resultado da votação da contra-proposta apresentada pela comissão de finanças.

O Sr. Barros Queiroz: — Não conheço com exactidão essa receita, mas suponho que deve dar 15:000 a 20:000 contos.

O Orador: — É natural que o Sr. Barros Queiroz use de novo da palavra, na generalidade ou especialidade; e então por certo aproveitará essa ocasião para dizer à Câmara em que dados se funda para fazer o seu cálculo de 15:000 ou 20:000 contos.

Em todo o caso, devo dizer que há grandes financeiros, sobretudo no Ministério das Finanças, que fazem os seus cálculos desta maneira: nós vamos multiplicar o imposto do sêlo por 5, como ele deu 10:000 contos passará a dar 50:000 contos.

Ora isto que é assim para as altas capacidades financeiras que estão colabo-