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ti estão de 11 de Abril, de 1924

Íô

cesso que só es+á seguindo do desfalcar a pouco o pouco, determinados fundos, desviando deles verbas que vão ser aplicadas a fins que não são positivamente aqueles para que haviam sido estabelecido?.

É já a segunda vez q tio o fundo do marinha mercante é torpodoado pelo Ministro do Comércio.

Nestas condições não damos o nosso voto à proposta do Sr. Ministro do Comércio.

Tenho dito. . O orador não reviu.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Nuiio Simões) : -- Sr. Presidente: não tem o Sr. Carvalho da Silva razão nos reparos que fez sôbre a proposta de lei que acabo de trazer à Câmara e que ela está discutindo, visto que ela interessa a própria vida dos portos marítimos

S. Exa. não fez, propriamente, _ oposição à minha proposta: formulou reparos.

Significa isso que S. Exa. implicitamente reconhece que é necessário ocorrer aos estragos causados pelos últimos temporais, Hm a que visa a proposta.

Tenho dito.

O orador não reviu.

Seguidamente foi aprovada a proposta na generalidade e na especialidade,

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Nuno Simões):—Sequeiro a dispensa da leitura da última redacção.

Foi aprovado.

O Sr. Presidente : — Continua em discussão a interpelação do Sr. Vitorino Guimarães.

O Sr. Vitodno Ghii.-.íwács: — Sr. Presidente: serei brovo na» considerações que vou fazer porque não quero cansar a atenção da Câmara o porque de facto não me vejo obrigado a ser longo, -visto,, que o Sr. Presidente do Ministério ^ Ministro das Finanças não rebateu a argumentação que eu apresentei quando fiz a minha interpelação a S. Exa. Ficaram de pé as minhas afirmações.

Antes, porém, de iuiciar essas considerações, eu devo. agradecer a S. Exa. as saudações que me dirigiu, filhas da ami-

zade que nos liga, e a justiça que fez ao meu proceder, mostrando ter reconhecido que a minha crítica a actos seus é sincera, embora a considere injusta. Por meu lado estou certo de que fui justo, que nenhuma má vontade me movo, nem contra o Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças, nem contra o Govêrno.

Sr. Presidente: o Sr. Presidente do Ministério iniciou as suas considerações em resposta às que eu houvera feito, pela declaração do que eu enviaria para a Mesa um programa do Govêrno. Não é verdade.

Eu apenas emiti o meu modo de ver. De resto eu não tenho autoridade para enviar para a Mesa qualquer programa do Govêrno e nem mesmo a Mesa poderia receber um tal documento. Entendeu S. Exa. — e, nisso, creio que foi muito injusto — que a apresentação do meu modo de ver sôbre as dificuldades do momento que atravessamos representava um pendão de Govêrno, a ambição de ir, porventura, ocupar o seu lugar nas cadeiras ministeriais, das quais já tenho tristes e amargas lembranças.

Se S. Exa. tivesse prestado atenção às minhas palavras ou lhes tivesse ligado a justiça que elas mereciam, notaria que logo no começo "eu pedi à Câmara que jamais filiasse as minhas considerações em qualquer intuito reservado ou em qualquer motivo de vaidade ferida ou ainda de ambição política, pois que uma semelhante atitude seria verdadeiramente criminosa no actual momento.

Eu só tive o intuito de ser coerente com as minhas afirmações anteriores.

Referiu-se depois o Sr. Presidente do Ministério nas suas considerações às razões e intuitos que me tinham levado quando Ministro das Finanças a apresentar ã proposta do empréstimo de 6 J/2 por conto ouro.

Leu S. Exoa umas passagens do relatório do ilustre relator do respectivo parecer, o Sr. Velhinho Oorreia, e quis fundar nessas passagens, as razões do sou proceder na parte relativa à publicação do seu decreto, que não só reduziu o juro do mesmo empréstimo, mas foi mais longe, pois modificou a sua característica ouro para escudos.

Essas palavras que S: Exa. citou são