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Sessão de 29 de Abril de 1924 9

mandante Sacadura Cabral o almirante Gago Coutinho!

Sr. Presidente: o Sr. Paulo Cancela do Abreu apresentou um projecto pelo qual se autoriza o Govêrno a facultar os meios necessários à boa e completa execução do raid.

São louváveis os propósitos de S. Exa. mas, a meu ver, neste momento, só há uma entidade que tem o direito de custear as despesas dêsse raid, e essa entidade é o País.

Apoiados.

Àparte do Sr. Paulo Cancela de Abreu, que não se ouviu.

O Orador: — E possível que dentro em pouco haja necessidade do auxílio do Govêrno. Antes, porém, de essa necessidade se impor não devemos tirar à Nação o que a Nação chamou a si.

Feitas estas ligeiras considerações, que a proposta apresentada pelo Sr. Paulo Cancela de Abreu me sugeriu, eu termino associando-me ao voto de saudação proposto por S. Exa.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Dinis da Fonseca: — Em nome da minoria católica associo-me ao voto de saudação proposto pelo Sr. Paulo Cancela de Abreu, aos dois distintos aviadores, que estão neste momento realizando o raid Lisboa-Macau.

Os dois heróicos aviadores, que vão de terra em terra, de vôo em vôo, a caminho de Macau, realizam êsse grande empreendimento por sua própria iniciativa.

Essa iniciativa merece de todos nós, que aqui representamos o País, e do Govêrno, muito especialmente, toda a protecção e todo o apoio.

Ninguém pode negar a êsses valorosos portugueses a sua assistência, quer material, dando-lhes os elementos indispensáveis para êles levarem a cabo a sua arrojada tentativa, quer moral, fazendo-lhes ver que os seus concidadãos os seguem com sinceridade e patriótica ansiedade.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr.. Plínio Silva: — Sr. Presidente: em meu entender, o empreendimento que estão levando a efeito os capitães Brito

Pais, Sarmento Beires e o sargento Gouveia é de tal natureza que não dá a ninguém o direito do fazer política com êle.

Apoiados.

Eu bem sei que esta assemblea, pelas suas características, é uma assemblea essencialmente política, mas entendo que num caso dêstes nós temos de abstrair completam ente a política.

Apoiados.

Não pretendo defender o Govêrno nesta questão. Isso seria dar ensejo aos Deputados do outros partidos para uma discussão que só poderia ser inconveniente. Todavia não posso deixar de declarar que muito folguei com as declarações que há pouco fez o Sr. António Maia.

Efectivamente, o auxílio do Govêrno só pode ser admissível quando fôr indispensável, e por emquanto não o tem sido, merco do patriotismo dos portugueses, que tam bem têm sabido acompanhar, quer materialmente, quer moralmente, os heróicos aviadores.

Eu quis há dias apresentar um projecto redigido em determinado sentido, mas como reconheci que apresentado por mim, êle poderia ter um significado político, desisti do o apresentar, resolvendo lembrar ao Govêrno a idea que me levara a apresentar êsse projecto.

Sr. Presidente: V. Exa. sabe que, por ocasião do raid Sacadura Cabral e Gago Coutinho, foi quando chegaram aos Pene-, dos que o Parlamento tomou a iniciativa de promover ossos oficiais.

Não temos que averiguar se um raid vale mais ou menos do que o outro.

O meu alvitre de propor dois postos de acesso ao mecânico Gouveia é baseado no parecer de todos os aviadores, que muito estimam êsso mecânico o sabem quanto êle é dedicado e que a êle se devo muito o êxito do todas as étapes, pois sendo a nona, tem-se visto bem o zêlo e dedicação dêsse mecânico.

Nestas palavras não há a menor sombra de política e presta-se a maior homenagem a êsses homens.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro da Instrução (Helder Ribeiro): — Pedi a palavra para mo associar ao voto do saudação aos heróicos-aviadores Sarmento do Beires e Brito Pais e