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Diário da Câmara dos Deputados

Entendi que se não tinha ainda entrado na ordem do dia, e por isso dei a palavra para requerimentos dos Srs. Deputados.

Como V. Exa. entendia que não deveria ser êsse o meu procedimento, deixarei êste lugar de Presidente.

V. Exa. porém, acaba de proferir palavras que me obrigam a não sair da presidência, e que devo agradecer.

Apoiados.

Vozes: — Muito bem.

S. Exa. não reviu.

É aprovado um requerimento do Sr. Jaime de Sousa para um negócio urgente.

O Sr. Jaime de Sousa: — Antes de tratar do assunto do negócio urgente, permita-me V. Exa. que declare, da maneira a mais terminante, que quando afirmei a V. Exa. que se não tinha passado à ordem do dia foi porque, de facto o antecessor de V. Exa. tinha declarado que era a hora de passar-se à ordem do dia.

Nestes termos, pedi a palavra para um requerimento, sem ter o intuito sequer de ser desagradável quer a V. Exa., quer ao Sr. Jorge Nunes.

Limito-me, pois, como o tempo é estreito, para não tomar tempo à Câmara, a mandar para a Mesa a minha moção propondo uma saudação ao Congresso Colonial.

A Câmara dos Deputados da República Portuguesa, no momento em que se reúne em Lisboa o 2.° Congresso Colonial Nacional, congratula-se por êsse facto do mais largo alcance para as relações de toda a ordem entre o País e as colónias, calorosamente saúda iniciadores e congressistas, fazendo votos para que do seu trabalho, dedicação e patriotismo resulte um mais completo entendimento e harmonia de interêsses em todo o território da República, como ponto de partida para um Portugal maior.

Sala das sessões, 9 Maio de 1924.— Jaime de Sousa.

Há 23 anos que se não reunia um congresso colonial em Lisboa.

Justamente hoje é o último dia da semana em que reúne a Câmara, e amanhã há sessão do Congresso Colonial.

É pois, oportuno aprovar esta nota de saudação ao Congresso Colonial Nacional.

Cumpro assim um dever de parlamentar propondo êste negócio urgente à Câmara.

Entendo que da reunião dêste Congresso algum benefício pode vir para o País, porque é do entendimento entre Portugal e as colónias que devem prover melhores dias para o nosso País.

O orador não reviu.

O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — Sr. Presidente: dêste lado da Câmara associarão-nos ao voto de saudação proposto pelo Sr. Jaime de Sousa.

Há 23 anos, efectivamente, que se não reúno um Congresso Colonial.

É realmente digno da consideração de toda a gente. Desse Congresso podem vir resultados úteis para o País. No Congresso foram apresentadas teses donde resultarão soluções para o problema importantíssimo do desenvolvimento colonial.

Por ter acompanhado os trabalhos do actual Congresso, tenho a convicção de que dele realmente alguma cousa útil resultará.

Nestas condições, associamo-nos com entusiasmo à saudação proposta pelo Sr. Jaime de Sousa.

O orador não reviu.

O Sr. Jorge Nunes: — Sr. Presidente: embora não seja inteiramente verdade que o futuro de Portugal reside nas colónias, não podemos deixar de reconhecer a altíssima importância do Congresso Colonial que se está realizando. Há problemas instantes a resolver para o progresso das colónias.

Nestas condições, o Partido Nacionalistas, em nome do qual tenho a honra de falar neste momento, não pode deixar de associar-se ao voto proposto, e calorosamente saudar o Congresso Colonial.

O orador não reviu.

O Sr. António Correia: — Em nome do Grupo Parlamentar de Acção Republicana, associo-me gostosamente à saudação ao Congresso Colonial Nacional.

Efectivamente, semelhante facto não pode deixar de merecer, a consideração da Câmara. No momento em que Portugal