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Sessão de 9 de Maio de 1924 13

está fazendo um esfôrço sobreümano para fazer das nossas colónias qualquer cousa de grande no mundo, é com o maior prazer que assistíamos à reunião do Congresso.

Em nome, pois, do Grupo Parlamentar de Acção Republicana associo-me à proposta do Sr. Jaime de Sousa.

O orador não reviu.

O Sr. Lino Neto: — Sr. Presidente: por parte dêste lado da Câmara associo-me gostosamente à saudação ao Congresso Colonial reunido em Lisboa, e faço sinceros votos por que os seus trabalhos doem bons resultados para o País e por que os desejos desta Câmara, ao votar a saudação, se convertam em realidade, demonstrando que somos realmente a quarta potência colonial.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças (Álvaro de Castro): — Sr. Presidente: desejo também associar-me, em nome do Govêrno, à saudação proposta.

O Congresso Colonial é efectivamente uma manifestação de actividade, que foi bom que a Câmara não deixasse passar em claro, para animar aqueles que a produziram.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — Em face da manifestação da Câmara, considero aprovada a proposta de saudação.

Vai passar-se à

ORDEM DO DIA

Continuação do debate «obre a interpelação do Sr. Vitorino Guimarães ao Sr. Ministro das Finanças.

O Sr. Presidente: — Continua no uso da palavra o Sr. Presidente do Ministério.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças (Álvaro de Castro): — Desisto por agora da palavra.

O Sr. Carlos Pereira (para interrogar a Mesa): - Sr. Presidente: desejo saber se não estou inscrito sôbre a ordem.

O Sr. Presidente: — Na inscrição da Mesa não está V. Exa. inscrito sôbre a ordem, mas como o Sr. Jorge Nunes, que se segue no uso da palavra, está também inscrito sôbre a ordem, V. Exa. inscreve-se agora e fala a seguir.

O Sr. Carlos Pereira: — Então peço a palavra sôbre a ordem.

O Sr. Jorge Nunes: — Sr. Presidente: cumprindo as disposições regimentais, passo a ler a moção de ordem que tenho a honra de mandar para a Mesa.

É a seguinte:

Moção

Considerando que a falta de cumprimento dos contratos por parte do Estado compromete o prestígio da República e conseqüentemente o crédito da Nação:

A Câmara dos Deputados afirma o seu propósito de manter integralmente todos os encargos resultantes das leis que fixaram ou fixarem as conversões e as emissões de quaisquer títulos da dívida publica e passa à ordem do dia. — Jorge Nunes.

Sr. Presidente: longo vai o debate; suficientemente esclarecido — suponho — está a Câmara; não sou eu, pois, quem vá hoje, prolongá-lo, de forma que se me possam atribuir propósitos de demorar a discussão; mas mio posso deixar de fazer algumas considerações.

A política financeira do Sr. Presidente do Ministério tem sido feita de promessas, de desejos, e manifestada apenas por palavras que não por actos de bem servir a República, e faço-lhe a justiça de supor que as suas atitudes, os seus gestos e palavras são determinados sempre por uma intenção nobre e alevantada, más até agora de toda a sua acção, do tudo aquilo que tem prometido e feito nós não encontramos absolutamente nada que o torne credor, já não digo da admiração dopais, mas do seu reconhecimento.

O Sr. Presidente do Ministério enveredou por uma política que julgo ser em sciência financeira de verdadeiro futurismo.

Pode ser que ela, corrigida e limada em certas arestas, atinja mais tarde a perfeição da qual resulte qualquer cousa de benéfico para o país, mas até agora