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Sessão de 13 de Junho de 1924 23

pelo Sr. Rodrigues Gaspar não podem de maneire nenhuma abater a minha concordância, pois a verdade é que o Sr. Norton de Matos foi escolhido para exercer o cargo de Embaixador de Portugal em Londres, não ia pelas suas qualidades de carácter, inteligência e patriotismo, como pelos seus relevantes serviços prestados ao País e à República.

Apoiados.

S. Exa. na verdade possui os requisitos necessários para obter, sem favor, êsse alto cargo, razão por que foi escolhido, tanto mais quanto é certo que S. Exa. é muito estimado o considerado em Inglaterra.

Foi esta a razão por que S. Exa. foi escolhido para exercer êsse alto cargo.

Nem nenhuma outra podia haver, estando o Govêrno absolutamente convencido, na escolha que fez, de que procedeu como devia, visto que tem a certeza de que Só Exa. no desempenho do seu cargo há-de fazer tudo quanto seja possível para bem servir os mais altos interêsses do País.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Santos Barriga: — Sr. Presidente: pedi a palavra para chamar a atenção do Sr. Presidente do Ministério para um assunto que considero da máxima importância.

Consta-me, Sr. Presidente, que na Junta do Crédito Público há certas dúvidas sôbre o pagamento de alguns juros atrasados dos títulos da dívida externa, razão por que eu chamo para o assunto a atenção do Sr. Presidente do Ministério, a fim de que possa tomar as necessárias providências, de forma a que não possa haver especulações.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças (Álvaro de Castro): — Devo dizer ao ilustre Deputado que na verdade me consta que uma consulta foi já feita sôbre a assunto ao Ministério das. Finanças.

Essa consulta, porém, ainda lá não chegou, podendo V. Exa. estar certo de que, logo que ela chegue, resolverei o assunto como fôr de justiça.

O orador não reviu.

O Sr. Lino Neto: — Sr. Presidente: nos próximos dias 2 a 7 de Julho, reúne-se em Braga o primeiro Congresso Eucarístico.

Dêste Congresso são oradores e conferentes pessoas da maior autoridade e representação social, membros desta e da outra casa do Parlamento, professores dos mais eminentes das nossas três Universidades, advogados, módicos, engenheiros, em suma, individualidades altamente categorizadas.

Esse Congresso deve constituir um verdadeiro acontecimento nacional, pelo significado do seu objectivo, e pela qualidade das pessoas que nele estão envolvidas, tudo indicando que será extraordinário e sem precedentes na nossa história contemporânea.

Em tais condições, é costume por parte de todas as companhias de caminhos de ferro conceder-se bónus nas passagens para os congressos desta natureza.

Por parte do Estado, também existe o regulamento de Outubro de 1920, que permite conceder bónus nas passagens desde que se trate de fins de utilidade social.

A comissão promotora tem procurado obter êsse bónus para todas as pessoas; mas chega-me a notícia de que, por parte do Govêrno, se estão levantando vários atritos para satisfação desta aspiração.

Se assim é, é gravíssima a atitude do Govêrno, e eu lamento que êle se encaminhe por semelhante orientação. Ela denuncia já uma orientação que se começa a sentir, sobretudo, pelas pastas da Justiça, Instrução, Interior e Comércio.

O Sr. Sá Pereira (em àparte): — Felizmente!

O Orador: — Felizmente na cabeça de V. Exa.

Nestas condições, V. Exas. compreendem que os católicos não podem ficar calados.

O Congresso tem por fim o culto e o estudo de fins religiosos, emfim, a dignificação do ideal religioso da quási totalidade dos cidadãos dêste país.

É necessário, portanto, que o Govêrno, pela pasta do Comércio, se pronuncie a tal respeito o