O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

20 Diário da Câmara dos Deputados

era alienável sem um valor correspondente.

Pejo decreto de 12 de Fevereiro de 1924 nós verificamos que por esta medida, a dos 6,5 por cento e outras, nós marcámos a nossa posição, e embora, para muitas pessoas, ela não fôsse muito explícita, indicava contudo, claramente, que não aceitava muitas das medidas de carácter financeiro, adoptadas pelo Govêrno passada.

Mas eu não tenho culpa que tivessem julgado constitucional êste decreto, permitindo a alienação da prata.

Eu não reconheço nenhuma vantagem na venda.

Bani sei que ela é para acudir às necessidades do Estado, mas se tivéssemos uma forma indirecta de conseguir o mesmo objectivo, melhor procederíamos para a vida do Estado.

Sr. Presidente: ao usar da palavra não tive qualquer intuito de ofender a honestidade de quem quer que seja, meu amigo, inimigo ou antagonista político, mas tam somente definir a minha posição.

Mas o que não faz sentido é negar-se um facto que depois se verifica que êle é verdadeiro.

Contra isto é que eu me revolta; é aqui que está a chaga que precisa ser cauterizada.

Na história, realmente, repetem-se os mesmos factos Q circunstâncias, e hoje posso dizê-lo, aliás sem prazer, fui mais uma vez profeta na minha terra, porque as pessoas que se me seguiram foram piores do que eu.

Apoiados.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — Chamo a atenção do Sr. Velhinho Correia.

V. Exa. disse que tinha uma proposta para mandar para a Mesa.

O Sr. Velhinho Correia: — Efectivamente, mas aguardei as explicações do Sr. Cunha Leal para o fazer, e devo dizer que, tenda elas, bem como as palavras do Sr. Portugal Durão, satisfeito inteiramente as dúvidas que podiam subsistir, tranqüilizando ò meu espírito republicano, desisti de o fazer.

Apoiados.

O Sr. Presidente: — Está em discussão a acta.

Pausa.

O Sr. Presidente: — Como -ninguém pede a palavra, considera-a aprovada.

Dá-se conta do expediente que dependia da resolução da Câmara.

O Sr. Presidente: — Tendo a Mesa desempenhado junto do Sr. Barros Queiroz a missão de que foi incumbida pela Câmara para convencer aquele ilustre Deputado a reocupar o seu lugar nesta Câmara, obteve textualmente a seguinte resposta que vou ler à Câmara:

O Sr. Barros Queiroz declarou à Mesa que está convencido que a política financeira do Govêrno, em matéria de divido, pública, é prejudicial à República, e que mais prejudicial é para a Nação, no futuro, a aprovação que a essa política deu o Parlamento.

Não pode negar aos outros o direito de seguirem a orientação que melhor lhes pareça, mas o simples facto da sua intervenção nas discussões doa assuntos financeiros, dado o sou modo de agir no Parlamento, importa colaboração nas providências adoptadas, e, conseqüentemente, co-responsabilidade que não quere assumir por estar antecipadamente convencido dos seus efeitos perniciosos para a Nação o para a República.

Por esta razão abstém-se de tomar parte nos trabalhos parlamentares emquanto se não adoptar uma orientação diferente.

S. Exa. agradeceu reconhecido à Mesa e à Câmara as provas de consideração pessoal que lhe dispensaram, e pediu-me que transmitisse a V. Exas. a sua gratidão pela honrosa manifestação, de que foi alvo por parte da Câmara, acrescentando que o abandono dos trabalhos parlamentares não significa de modo algum o Abandono da actividade política em defesa da República e dos princípios defendidos pelo seu Partido, e que, onde quer que a Nação ou a República corram risca, êle lá estará para cumprir com o seu dever de português e de republicano.

Para a acta.

Devo ainda comunicar à Câmara o falecimento duma irmã do Sr. Ministro da