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8 Diário da Câmara dos Deputados

que está incluído para ser discutido antes da ordem do dia. É o projecto n.° 1:786, que já aqui foi relatado e tem o «concordo» do Sr. Ministro das Finanças.

Portanto, queria pedir à Câmara que logo que haja ensejo seja pôsto no debate êste projecto. Em nome dos interêsses do meu distrito, muito agravados com a demora na votação do projecto, peço que V. Exa. o ponha à discussão, para que ràpidamente possa obter a votação da Câmara.

O orador não reviu.

O Sr. Portugal Durão: — Pedi a palavra para em meu nome pessoal, como Deputado da Nação, lavrar aqui o meu mais solene protesto contra a exportação da prata, o que constitui uma verdadeira vergonha para o país.

Demais, nas condições em que se fez o embarque de madrugada.

Isto não pode admitir-se.

Lavro o meu protesto, e com toda a veemência, contra semelhante acto, que é uma vergonha.

Apoiados.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Velhinho Correia: — Sr. Presidente: começo por pedir aos Srs. Deputados o favor de terem por mim o mesmo respeito que eu tenho por S. Exas.

Eu pedi a palavra para expor à Câmara a minha opinião sôbre o assunto como Deputado da Nação, e assim devo dizer a V. Exas., sob minha palavra de honra, que não tinha conhecimento da acta, nem tam pouco conheço as condições em que êle se realizou. Já vê portanto a Câmara a franqueza e a sinceridade com que estou emitindo a minha opinião.

Desconheço, repito, o facto, pois que só dele tive conhecimento quando entrei nesta Câmara; no entanto devo dizer que achava melhor que o assunto fôsse tratado quando naquelas cadeiras ou nestas estivesse a pessoa responsável pela falta.

Mas, Sr. Presidente, eu devo dizer com toda a franqueza que me não repugna êsse acto.

Sussurro,

O Orador: — Não sei francamente as condições em que' essa operação se fez, no entanto devo dizer que estou convencido, segundo informações que acabo de ter, que ela foi feita em boas condições, muito preferível a ter de se aumentar a circulação fiduciária.

Não sei francamente o que é que querem que se faça, quando é certo que o Parlamento não tem dado aos Governos os meios necessários para êles enfrentarem a gravíssima situação em que nos encontramos, com prejuízos de toda a ordem.

Não há muito que o Banco Nacional Ultramarino fez a transferência de uma grande quantidade de prata, contra a lei, e não me consta que lá fora ou aqui, se tivessem levantado protestos contra o facto.

Digo isto para mostrar à Câmara a diferença que há entre o procedimento de então e o de hoje.

Vou terminar, lamentando mais uma vez que assuntos desta ordem sejam tratados na ausência da pessoa que por êles possa responder.

Eram estas as considerações que eu tinha a fazer a V. Exa. e à Câmara..

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ferreira da Rocha: — Sr. Presidente: pedi a palavra para explicações, por isso que não desejo entrar em diálogo com S. Exa. o Sr. Velhinho Correia.

Fez S. Exa. umas afirmações que na verdade me obrigam a usar da palavra.

Disse em primeiro lugar que nós fazemos o mal e a caramunha.

Em segundo lugar disse que é triste que assuntos desta natureza sejam tratados não estando presente a pessoa que por êles possa assumir a responsabilidade.

E em terceiro lugar, disse que nós desejamos que em vez da venda da prata se façam notas, isto é, que desejamos aumentar a circulação fiduciária.

Eu devo dizer em primeiro lugar ao Sr. Velhinho Correia que antes de iniciar as minhas considerações tive o cuidado de preguntar se o Sr. Ministro das Finanças vinha à Câmara, tendo tido mais o cuidado de afirmar que tratando-se de um assunto gravíssimo, necessário era a imediata intervenção do Parlamento em