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Sessão de 7 de Agosto de 1924 7

tos da aviação e de todos, pondo os seus oficiais a desempenhar â sua missão.

Apoiados.

Repito, não compreendo a atitude da Acção Republicana e estranho que um Deputado pretenda colocar um partido nessa má situação.

Quando já da outra vez falei, afirmei qual era a minha opinião.

Eu espero que a Acção Republicana medite bem na sua atitude.

O orador não reviu.

O Sr. Viriato da Fonseca: — Pelo muito respeito que tenho pelo Deputado que acaba de falar, por V. Exa. e pela Câmara, a quem devo toda a consideração, levanto-me para dar algumas explicações.

A Acção Republicana é um conjunto de homens que se reuniram para certos fins, que não para olharem uns para os outros e para repararem só são bonitos ou feios, mas com um ideal determinado, quer em volta de actos já realizados e que definiram a sua política, quer para realizar outros que a essa política estejam ligados e sejam a sua seqüência lógica.

Eu sei que o Sr. Plínio Silva acompanhou com inteligência, zelo e patriotismo o Govêrno do Sr. Álvaro de Castro, mas V. Exa. compreende que a Acção Republicana tem a sua directriz e não pode por isso acompanhar o projecto do Sr. Plínio Silva.

O Sr. Presidente: — É a hora de se passar à ordem do dia.

Vozes: — Fale, fale.

O Orador: — Eu vou terminar. A Acção Republicana tem as suas aspirações e não pode ir contra elas.

O Sr. Presidente: — V. Exa. não pode continuar a falar, é a hora de se passar à ordem do dia.

Vozes: — Fale, fale.

O Orador: — Eu termino as minhas considerações, visto V. Exa. dizer que se vai passar à ordem do dia.

O Sr. Presidente: — Está em discussão a acta.

O Sr. Plínio Silva: — Sr. Presidente: consta da acta da sessão dó ontem que o nosso ilustre colega e parlamentar Sr. Ferreira da Rocha disse, antes de se encerrar a sessão, algumas palavras acerca de pretensos acordos sôbre a. nomeação do Alto Comissário em Angola.

Tenho a mais alta consideração pelo Sr. Ferreira da Rocha, pelo seu carácter, pelas suas qualidades de inteligência e pelo seu procedimento dentro desta Câmara, e assim sou obrigado a procurar interpretar as afirmações produzidas por S. Exa. no antes de se encerrar a sessão, como um protesto, que S. Exa. aliás fez em seu nome pessoal, contra o boato que corre de haver quaisquer interferências entre várias individualidades políticas adentro desta Câmara, cujo objectivo é o de obter a eleição de quem quer que seja para o lugar de Alto Comissário em Angola.

S. Exa., além disso, fez algumas considerações muito justas, repelindo à sua solidariedade em determinados processos políticos, procurando, no emtanto, atirar com a responsabilidade dêsses procedimentos para o Partido Republicano Português a que tenho a honra de pertencer.

Devo declarar neste momento que estou inteiramente de acordo com as afirmações produzidas pelo Sr. Ferreira da Rocha, repelindo também, em absoluto, quaisquer solidariedades, seja com quem fôr, do meu partido, para acordos destinados a atenuar quaisquer dificuldades do Govêrno, para obter quaisquer atitudes das oposições na base do entendimento para a escolha de individualidades que elevem exercer altos cargos da República.

Estas afirmações da minha parte são tam necessárias quanto é certo que pertencendo eu ao número dos parlamentares que não há muito iniciaram um movimento em Portugal contra as normas habituais da política, não estou disposto a dar a minha solidariedade, seja a quem fôr, para a prática de actos que repugnam a minha consciência.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ferreira da Rocha: — Sr. Presidente: o meu colega nesta Câmara, o Sr. Plínio Silva, aproveitou o facto de eu antes de se encerrar a sessão de ontem