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72 Diário da Câmara dos Deputados

nida, que é empírica e grosseira, que terá conseqüências de flagrante iniqüidade.

Mas, eu então pregunto se as demais propostas que estão entregues à resolução do Parlamento, não são susceptíveis de igual crítica e se não serão susceptíveis de produzir também conseqüências iníquas!

A Câmara, se entende que melhor cousa se pode fazer, não deve hesitar em proceder por forma a que de facto obra melhor se consiga.

O que há que obste a isso?

Eu estou aqui pronto a aceitar todas as indicações, pois que todo o trabalho é susceptível de aperfeiçoamento.

Procurei subordinar o meu trabalho à aceitação de ideas úteis; mas não consegui obter a satisfação da minha espectativa, e tenho de insistir pela minha humilde proposta.

Pregunta-se em que critério eu baseio êste pequeno trabalho.

V. Exas., com certeza, não querem ouvir uma série de teorias acerca do caso, mais ou menos arquitectadas.

Poderia, se o tempo o permitisse, fazer uma exposição de que afinal vem em todos os tratados; mas seria abusar de V. Exa. roubando tempo que V. Exas. precisam.

Estamos no encerramento dos trabalhos parlamentares.

Fixando a cifra, procurei obtê-la pela contribuição de registo; mas apenas o suficiente para isso.

Se V. Exas. confrontarem êste trabalho, com o de 1911, verificarão que as minhas alterações representam o mínimo a obter.

Ontem, ao apresentar o meu trabalho, que é um pouco diferente do que hoje apresento em substituição, fi-lo ainda dentro da orientação que tenho seguido até aqui, procurando suprir as deficiências com a colaboração do Parlamento, neste espírito de confiança recíproca, de todos que estão colaborando nesta Câmara com o mesmo intuito.

Apresentei uma proposta que depois verifiquei que era não só ociosa, como prejudicial, visto que não resultava dela o intuito que tinha em mente.

A preocupação do Govêrno era obter receitas para as necessidades com que tem de arcar.

Aqui têm V. Exas. a razão por que, sem quebrar lanças por esta proposta, esperava a colaboração de todos.

Ouvi com muito agrado as considerações feitas especialmente pelo Sr. Ferreira da Rocha.

Verifiquei, com satisfação, que S. Exa. tendo aliás ideas sôbre o assunto, achou ocasião de melhorar a proposta apresentada.

Não tenho nisso dúvida nenhuma.

Mando para a Mesa duas propostas de artigos adicionais.

Refere-se a primeira à transmissão dos prédios novamente construídos, assim como à compra de prédios.

Não é matéria nova: é matéria já de vária legislação, mas que é preciso adoptar.

Assim o fiz.

Não tenho a preocupação de possuir a verdade.

Se alguém tem essa preocupação, não é dêste mundo: anda pairando um pouco mais alto.

Eu não tenho a preocupação de mo apresentar num papel, que não possa desempenhar.

Eu sei que se faz hoje curso em finanças, em colónias, etc.; mas eu não quero ser discípulo de tal curso, e quando falo com sinceridade, afirmando que não estava preparado para realizar esta função, digo apenas claramente aquilo que penso — o que aliás muitos não têm a coragem de fazer.

A República não tinha homens preparados, e é na prática dos negócios públicos, que êles se fazem.

Vai longe o tempo, em que o menino nascia para ministro; mas o regime actual não é assim.

A República vai buscar os homens onde êles se, encontram, è depois, pela experiência, é que êles só formam, na preparação das necessidades que a República exige.

Nem todos nutrem vaidades ou ambições de chegar aos altos cargos da República; mas isso não impede que, quando' chamados, se não prestem a servir a Pátria e o regime.

Sr. Presidente: todas as propostas apresentadas á esta casa do Parlamento estão, mais ou menos erradas, e o critério que segui, foi aumentar um pouco as ta-