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52 Diário da Câmara dos Deputados

dância dos nossos colegas para o projecto que vou mandar para a Mesa, tendo a garantia dêsse fundo de conservação e turismo, e obtendo as verbas necessárias para manter no primeiro ano os trabalhos, penso que o Poder Executivo poderá ficar autorizado a contrair um empréstimo.

Neste projecto faço referência à lei de estradas da autoria do Sr. António Maria da Silva, promulgada em 22 de Fevereiro de 1913, porque, não obstante essa lei ter sido promulgada há onze anos, estão, de facto, aí exaradas disposições que pena .foi não serem cumpridas.

Essa lei poderia ter dado satisfação ao problema; e, se os titulares da pasta do Comércio a tivessem lido, encontrariam as disposições necessárias para os trabalhos indispensáveis.

Vejo-me na impossibilidade de me alongar em considerações e lamento que realmente a Câmara laça colocar em tais situações aqueles Deputados que tinham absolutamente direito de tratar êste problema com desenvolvimento.

Se me é permitido, mando para a Mesa o meu projecto de substituição.

O orador não reviu.

O Sr. Francisco Cruz (sobre o modo de votar): — Sr. Presidente: o projecto de lei do Sr. Plínio Silva faz lembrar o milagre dos peixes.

Também quero lamentar que numa hora destas se discuta um assunto tam momentoso, mas realmente as dificuldades de comunicação são uma das cousas que mais contribuem para a carestia da vida e para a angustiosa situação do País. Portanto é urgente que o assunto se resolva.

Tenho aqui dois ou três pequenos artigos para enviar para a Mesa, mas desde já prometo à Câmara que se êles, que são de justiça, forem rejeitados, falarei mais de quarenta e oito horas, porque não estou resolvido a consentir que um caso de tanta importância continue a servir para politiquice, não se querendo saber das indicações dos técnicos e atendendo-se apenas ao compadrio.

Ainda hoje recebi de Vila de Rei um pedido dos habitantes de um lugar, que há muitíssimo tempo, por uma pequena insignificância de estrada, tem de dar uma grande volta para fazer as suas comunicações, a fim de que inste junto do Sr. Ministro- do Comércio para que S. Exa. ordene o pagamento das empreitadas que há dois anos estão por pagar. Realmente não pode ser esta a administração das estradas!

Apoiados.

Os técnicos devem estar à frente da administração das estradas. Há pontos importantes no País que não têm ligação por falta de estradas, e se isto já era vergonha na monarquia, muito maior vergonha é na República. Há concelhos que não têm uma única estrada.

Eu não posso deixar de chamar a atenção da Câmara para êste estado de cousas que traz gravíssimos inconvenientes. É preciso, primeiro que tudo, pagar a quem trabalha.

Outro assunto para que chamo a atenção do Sr. Ministro é para a compra de britadeiros mecânicos e conseguir material das companhias de caminhos de ferro. Eu estou convencido de que o Sr. Ministro não deixará de tomar em consideração o meu aditamento.

Quero referir-me também ao miserável salário dos cantoneiros.

O Sr. Nuno Simões: — Há uma emenda a êsse respeito.

O Orador: — Eu desejaria saber a opinião do Sr. Ministro do Comércio com respeito à compra dos britadeiros, que são indispensáveis.

V. Exa. não deve seguir o conselho daqueles que não vêem senão o voto, mas sim daqueles que querem ver o País dotado com estradas.

É preciso gastar muito dinheiro, mas se fôr bem aplicado é proveitoso e o País ficará bem servido.

É admitido o contra-projecto do Sr. Plínio Silva.

O Sr. Carvalho da Silva: — Requeiro a contraprova e invoco o § 2.° do artigo 116.°

De pé 2 Srs. Deputados.

Sentados 53.

Foi aprovado.

O Sr. Pedro Pita: — Sou de opinião que a Câmara deve votar a proposta do