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Sessão de 17 de Novembro de 1924 7

rifas, ou peço a S. Exa. que estude o caso com atenção, porque é evidente que a melhoria cambial, que ultimamente se tem feito sentir, influirá directamente no custo do carvão e de outros produtos utilizados pelos caminhos de ferro e que vêm do estrangeiro e que os preços das tarifas podem e devem ser reduzidos. Tenho dito.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Pires Monteiro): — Sr. Presidente: a questão que o Sr. Tavares de Carvalho levantou a propósito das tarifas ferroviárias é uma questão que não me tem passado despercebida. Devo, no emtanto, informar S. Exa. e a Câmara de que ainda não chegámos à ocasião de as tarifas poderem ser deminuídas, pelo menos no que diz respeito aos caminhos de ferro do Estado, visto que o orçamento foi feito com a libra a 126$, tendo a libra pouco tempo depois subido a um câmbio muito mais elevado.

Nestas circunstâncias, houve um déficit considerável nos caminhos de ferro do Estado e por isso não é ainda ocasião de baixar as tarifas.

Julgo que o problema necessita de ser estudado. E justamente pelos caminhos de ferro do Estado que a deminuição de tarifas deve iniciar-se, para haver autoridade moral de exigir às companhias particulares que façam o mesmo.

Em todo o caso, vou estudar o assunto, de harmonia com os justos desejos do Sr. Tavares de Carvalho.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Pamplona Ramos: — Sr. Presidente: pedi a palavra para agradecer, reconhecidamente, à Câmara o voto de sentimento que aprovou pelo falecimento de minha estremecida irmã.

Tenho dito.

O orador não reviu

O Sr. Rêgo Chaves: — Sr. Presidente: acabo de receber de Loanda uma dolorosa noticia que vem enlatar o País e em especial a aviação militar. O telegrama que me comunica essa notícia diz o seguinte:

«Dolorosamente comunico a V. Exa. que o aviador Emílio Augusto de Carvalho, ao aterrar anteontem, às 10 horas da noite, no campo da aviação depois de um vôo sôbre a cidade, foi vítima dum desastre, fracturando logo a base do crânio, falecendo hoje do madrugada, pelas 5 horas. O funeral realiza-se na segunda-feira. Sentidamente, comigo, toda a província deplora o acontecimento, apresentando à família do extinto, a V. Exa. e ao Govêrno sentidos pêsames».

O tenente aviador Sr. Emílio Augusto de Carvalho, cujo nome é bem conhecido como oficial e como aviador, ainda ultimamente realizou o circuito de Angola, demonstrando aquele arrojo e aquela perícia que são bem característicos nos nossos aviadores.

Proponho que seja aprovado um voto de pesar por êste doloroso acontecimento.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro das Colónias (Bulhão Pato): — Sr. Presidente: em nome do Govêrno, associo-me, com toda a mágoa, ao voto de sentimento proposto pelo Sr. Rêgo Chaves.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. António Maria da Silva: — Sr. Presidente: pedi a palavra para me associar, em come do Partido Republicano Português, ao voto de sentimento proposto pelo Sr. Rêgo Chaves.

Lamentando profundamente o desastre em que perdeu a vida um oficial dos mais distintos, não posso deixar de registar que os nossos aviadores têm bem demonstrado, pela sua heroicidade e pelo seu espírito de sacrifício, as altas qualidades da nossa raça.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Garcia Loureiro: — Sr. Presidente: em nome dêste lado da Câmara, associo-me ao voto de sentimento proposto pelo Sr. Rêgo Chaves.

É com viva emoção que o faço, porquanto fui companheiro na Escola de Guerra do tenente aviador Sr. Emílio de Carvalho.

As suas altas qualidades como militar e como cidadão presto, neste momento, o preito sentido da minha homenagem.