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8 Diário da Câmara dos Deputados

O tenente Sr. Emílio de Carvalho, tendo realizado o recente circuito de Angola, levava nas asas do seu avião o nome glorioso de Portugal.

Associo-me, pois, em meu nome pessoal o em nome do Partido Nacionalista, ao voto de sentimento proposto.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Viriato da Fonseca: — Sr. Presidente: em nome do Grupo de Acção Republicana, associo-me comovidamente ao voto de sentimento proposto pelo Sr. Rêgo Chaves.

É mais um herói que baqueia no seu pôsto, cumprindo o seu dever. É mais uma vítima da aviação, dessa aviação à qual Portugal inteiro deve tanto reconhecimento pelos seus actos de heroicidade.

Associo-me, pois, em nome dêste lado da Câmara, ao voto de sentimento proposto.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Juvenal de Araújo: — Sr. Presidente: associo-me, em nome da minoria católica, ao voto de sentimento proposto pelo Sr. Rego Chaves.

O tenente aviador Sr. Emílio de Carvalho encontrou a morte numa dessas emprêsas tam genuinamente portuguesas, tam próprias das tradições da nossa Pátria.

O extinto pertence ao número daquelas figuras da nossa história que nas horas más que a nacionalidade atravessa surgem sempre no nosso caminho, com a sua santidade ou com a fôrça do seu heroísmo, a pôr diante de nós a flor duma esperança.

É com os olhos postos num exemplo tam grande que a minoria católica se associa ao voto proposto.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Carvalho da Silva: — Sr. Presidente: pedi a palavra para me associar ao voto de sentimento que acaba de ser proposto nesta Câmara pela morte do aviador militar Sr. Emílio de Carvalho.

É sempre com profundo sentimento que vemos morrer quem está ao serviço da

Pátria, mormente quando se trata de um oficial como era o falecido.

Assim, associo-me, como disse, ao voto proposto pelo Sr. Rêgo Chaves.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Carneiro Franco: — Sr. Presidente: não podia deixar de me associar ao voto que foi proposto pelo, falecimento do Sr. Emílio de Carvalho, pelo facto de ser Deputado por Angola.

O falecido era um distinto aviador e muito se dedicava à reorganização dos serviços de Angola que foram ultimamente suspensos.

Oxalá que a sua memória sirva de incentivo para que essa reorganização se faça e não desapareça com a sua morte.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — Em vista das manifestações da Câmara, considero aprovado o voto de sentimento, proposto pelo Sr. Rêgo Chaves.

O Sr. Portugal Durão (para um negócio urgente): — Sr. Presidente: por várias vezes nesta Câmara se tem aludido ao grave perigo que ameaça as nossas colónias pela ambição dos estrangeiros, sendo êsse um assunto que fortemente tem alarmado a opinião pública.

Não há muito que no XX Siecle, de Bruxelas, houve referências à situação das nossas colónias e à sua situação financeira.

Êste assunto é de alta importância e não pode deixar de interessar o Parlamento e a atenção dos Srs. Ministros das Colónias e dos Negócios Estrangeiros, que certamente alguns esclarecimentos poderão dar e até dizer se já promoveram algum desmentido a tais notícias, para mostrar que Portugal não abandona as suas colónias, nem permite que tais afirmações se façam, não devendo também os nossos aliados permitir essa campanha.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros (Vitorino Godinho): — Sr. Presidente: já no Senado tive ocasião de dizer, em resposta ao Sr. Querubim Guimarães, que