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Sessão de 4 de Fevereiro de 1925 17

não tivesse sido ventilado então, nem tam pouco que neste momento ainda dure a interpelação no Senado.

O que eu declaro francamente à Câmara é que não podemos continuar a viver neste regime de negócios urgentes, o que está fazendo com que se não trabalho, não permitindo assim que o Parlamento possa fazer um trabalho útil.

Isto é que não pode ser.

Tenho dito.

O orador não reviu.

Trocam-se àpartes.

O Sr. Presidente: - Os Srs. Deputados que admitem a moção enviada para a Mesa pelo Sr. Pedro Pita, queiram levantar-se.

Está admitida.

O Sr. Velhinho Correia: - A admissão da moção do Sr. Pedro Pita implica a generalidade do debate?

O Sr. Presidente: - Evidentemente.

O Sr. Velhinho Correia: - Nesse caso, requeiro a contraprova.

O Sr. Presidente: - Os Srs. Deputados que rejeitam, queiram levantar-se.

Está admitida.

Trocam-se novos àpartes.

O Sr. Sousa da Câmara: - Sr. Presidente: em obediência às disposições regimentais, eu vou ler a moção que vou mandar para a Mesa.

Sr. Presidente: antes de entrar propriamente no assunto para que pedi a palavra eu desejo declarar que depreendi das palavras do Sr. Presidente do Ministério, que nós estamos a proceder talvez um pouco incorrectamente, tratando dêste assunto na ausência do Sr. Ministro da Agricultura.

Eu devo dizer a V. Exa. que, se na verdade há incorrecção, ela parte do Govêrno, e não do Partido Nacionalista (Muitos apoiados), pois a verdade é que em 12 de Dezembro de 1924 mandei para a Mesa uma nota do interpelação ao Sr. Ministro da Agricultura e até hoje não me consta que S. Exa. se tenha declarado já habilitado a responder-me.

Já vê, portanto, a Câmara que a incorrecção, se a há, é da parte do Govêrno e não do Partido Nacionalista.

Apoiados.

O Sr. Cunha Leal (interrompendo): - Eu estou absolutamente convencido que V. Exa. para mostrar a correcção do nosso procedimento, não terá dúvida em suspender as suas considerações até comparecer o Sr. Ministro da Agricultura, não se intercalando, claro está, qualquer outro assunto.

O Orador: - Estou inteiramente de acordo com V. Exa.

Sr. Presidente: se o Sr. Ministro da Agricultura ainda pode vir a esta sessão, eu estou pronto a suspender as minhas considerações até que S. Exa. venha, não se intercalando qualquer outro assunto na discussão iniciada.

O Sr. Presidente: - Vou mandar prevenir S. Exa. ao Senado.

O Sr. Tavares Carvalho:- Posso garantir a V. Exa. que o Sr. Ministro da Agricultura ainda está no Senado a responder a uma interpelação.

O Sr. Presidente: - Devo prevenir V. Exa. que o Sr. Ministro da Agricultura não pode vir agora a esta Câmara por que está fazendo uso da palavra no Senado.

Assim ou V. Exa. usa da palavra na ausência do Sr. Ministro da Agricultura, ou, querendo, visto haver outro orador inscrito, poderá ficar com a palavra reservada, dando eu agora a palavra ao outro orador que está inscrito sôbre o assunto.

O Orador: - Nesse caso começarei por urnas ligeiras considerações, reservando-me para quando esteja presente o Sr. Ministro da Agricultura, para fazer uma análise mais larga do assunto.

Esta questão, Sr. Presidente, tem sido tratada por uma forma que eu não sei como hei-de classificar.

O antigo Ministro da Agricultura, o anterior a êste, tinha decretado um manifesto aí pelos meados de Novembro. E nesse manifesto, a lavoura manifestou.