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12 Diário da Câmara dos Deputados

Nós queremos porque a isso temos direito, a partilha do Poder.

Não no-la dão?

Saímos, depois de tanta experiência, do campo onde S. Exas. batalham, porque nos convencemos de que aqui dentro nunca reconhecem os nossos direitos.

São ouvidos os independentes e colaboram em Governos sucessivos.

É ouvida a "patrulha" Álvaro de Castro e colabora em governos sucessivos. Arredados somos nós, e não queremos sujeitar-nos a êsse vexame.

Para onde vamos?

Vamos, desde já, para o abandono dos trabalhos parlamentares, em seguida as palavras pobres e descoloridas que tenho pronunciado e que dentro em pouco vou rematar.

Até quando?

Não vemos razão alguma para intervir; não interviremos, nem para conservar no Poder, nem para derrubar o Govêrno do Sr. Vitorino Guimarães.

Fique S. Exa. em paz com os seus correligionários; fique em frente de exploradores e explorados e diga-nos depois como cumpriu a sua missão.

Dentro do Parlamento nada podemos fazer.

Apoiados calorosos.

Não há uma catástrofe nacional nem uma questão de alto interêsse para o País que aqui nos prenda.

Vamo-nos embora! Voltaremos um dia...

É quási certo que sim.

Entretanto, iremos auscultar a vida do nosso partido; iremos às províncias preguntar-lhes se têm fé para lutar e até onde querem que nós vamos.

Até onde iremos?

Até onde as circunstâncias nos levarem. Situações de indignidade não há o direito de no-las imporem.

Se resoluções mais graves do que esta não tomamos, é porque não queremos exceder o próprio mandato que do partido recebemos.

Êle, por sua vez, dirá até onde é necessário irmos neste caminho; mas fiquem o Sr. Presidente do Ministério e os nossos colegas na Câmara certos e seguros de que recuar é muito difícil, mesmo impossível!

Apoiados.

Iremos para a frente, e tanto mais para a frente quanto nos quiserem empurrar.

Sr. Presidente: ao apresentar a V. Exa. em nome do grupo de que tenho a imerecida honra do ser leader (Não apoiados) as nossas despedidas, quero, mais uma vez acentuar que encontrámos sempre em V. Exa. um Presidente imparcial cumpridor das funções do seu cargo.

Se tivéssemos encontrado em toda a parte o mesmo desejo de imparcialidade nos trabalhos que à Nação importam, não seríamos conduzidos a este extremo.

Somos levados a êle pela parcialidade dos homens.

Talvez, até, pelo exagêro na fé de homens que tanto querem abraçar a República, que se arriscam a estrangulá-la.

Vamos abandona-los e deixar que defendam os explorados. Cuidado, em todo o caso, com a defesa de alguns bancos. Cuidado, em todo o caso, com a carestia da vida, pelo aumento do preço das lãs.

Vamos lá para fora assistir, de braços cruzados, a uma luta com que nada temos.

Saímos com o coração magoado e cheio de ansiedade, porque deixamos aqui algumas boas camaradagens.

Para essas vai toda a expressão do nosso afecto.

Saímos sem ódios.

Homens escorraçados da República, continuamos a ser republicanos.

Apoiados.

Ainda que não nos queiram dar outro campo que não seja o revolucionário, repelimo-lo, em nome do nosso republicanismo.

Vamos para nossas casas ver como V. Exas. sabem melhor defender e servir a República do que nós próprios a defendemos e servimos.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem! Muito bem!

O orador foi muito cumprimentado ao terminar a sua oração.

O Sr. Almeida Ribeiro (sôbre a ordem): - Sr. Presidente: em obediência aos preceitos regimentais, mando para a Mesa a minha moção, que é a seguinte:

"A Câmara, reconhecendo que o Govêrno se acha constituído segundo as