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Sessão de 19 de Fevereiro de 1925 9

Sr. Presidente: termino ás minhas considerações renovando os meus cumprimentos ao Govêrno da presidência do Sr. Vitorino Guimarães, desejando a todos os seus elementos que tenham no fim, do seu mandato - quando houver de ser o fim - a plena consciência do dever cumprido. Nós os acompanhamos com o nosso sentimento de republicanos, com o respeito pela sua obra quererá a obra de todos nós, que lutamos pela República!

Apoiados.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Agatão Lança: - Sr. Presidente: em obediência às praxes parlamentares, começo por ler a seguinte moção que vou mandar para a Mesa:

Moção

A Câmara dos Deputados, repeliado absolutamente as injustificáveis acusações de ter protegido exploradores contra explorados e do haver admitido que a fôrça pública possa servir para espingardear o povo, lamenta o uso de tais processos e passa à ordem do dia. - Agatão Lança.

Admitida.

Sr. Presidente: propositadamente pedi a palavra só nesta altura do debate, propositadamente pedi a palavra só depois do ter falado o Sr. Vitorino Guimarães, ilustre Presidente do Govêrno.

Não podia deixar de desenvolver as considerações que vou fazer o que estão resumidas no espírito desta moção, ante a apresentação do novo Governo. A atitude do Grupo Parlamentar Democrático, do partido a que (há pouco é certo) eu tenho a honra ao pertencer, foi marcada dentro desta Câmara pelo meu ilustre correligionário, a quem presto as minhas homenagens, o Sr. Almeida Ribeiro.

A mim, modesto e apagado soldado dêste partido, cumpre também apresentar as minhas saudações ao Govêrno que vejo sentado naquelas cadeiras. Sem desprimor para ninguém o muito menos para os ilustres membros dêsse Govêrno, sem eu querer entrar na apreciação do seu programa, permita-me V. Exa., visto que sou daqueles que não esquecem a sua qualidade, quando lá fora, embora aqui apenas se lembrem de que são Deputados.

Eu abro uma excepção para dirigir as minhas saudações ao ilustre Ministro da Marinha, sentindo me ao mesmo tempo feliz e orgulhoso por ver que êste Govêrno conseguiu, pôr à frente daquela pasta, que tam importante para a defesa nacional, um dos mais ilustres, competentes e valorosos oficiais da corporação a que S. Exa., neste momento preside.

Apoiados.

Estar à frente da pasta da Marinha o Sr. Pereira da Silva é ter-se a certeza absoluta de que S. Exa. prosseguirá na política naval que iniciou no Govêrno do Sr. Álvaro de Castro e que depois continuou no gabinete de Sá Rodrigues Gaspar.

Além da sua competência, temos também de prestar homenagem ao seu espírito disciplinado e disciplinador, e temos assim a certeza de que S. Exa. vai pôr todo o valor da sua inteligência e dos seus muitos conhecimentos ao serviço da corporação a que me honro de pertencer, ao mesmo tempo que ela procurará certamente evitar que alguém, seja quem fôr, se imiscua no meio dos seus membros, que são também filhos do povo, para explorar o sentido da célebre frase dos exploradores contra os explorados".

Dito isto, Sr. Presidente, vou fazer algumas ligeiras e simples considerações para explicar o sentido da moção que tive a honra de enviar para a Mesa.

Afigura-se-me, Sr. Presidente, que as pessoas que acompanharam os últimos debates parlamentares e as pessoas de boa fé, de espírito alto, de alma limpa ou de consciência bem pura que tenham tido conhecimento do que ultimamente aqui se tem passado nesta casa do parlamento, fazendo através dos seus juízos a apreciação que cada um de nós merece, não poderão estranhar que eu procurasse marcar a minha posição num documento que ficará registado nos boletins parlamentares.

Apesar de já se encontrar na Mesa uma moção para ali enviada pelo ilustre leader do Partido Nacionalista, o Sr. Cunha Leal, visando os mesmos princípios e os mesmos fins do que a minha, não será para estranhar, repito que eu, que marquei uma posição em defesa do