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12 Diário da Câmara dos Deputados

Por aqui podem V. Exas. avaliar qual a gravidade da proposta que vamos aprovar, se não a acompanharmos de uma enérgica administração, o se não olharmos para os problemas de colonização. Se assim não fizermos, sucede o mesmo que poderia acontecer a qualquer proprietário que, fazendo uma casa para 200 inquilinos, esperasse depois 10 anos para essa caba ser habitada.

E é esta Sr. Presidente a situação em que se encontra Angola.

O que se torna absolutamente necessário é que o prédio se possa concluir, de forma a ser habitado e de rendimento.

Sr. Presidente: o que se tem discutido muito na verdade é o assunto em pequenos detalhes, com o que não estou de acordo, não desejando por isso entrar nessa discussão,

Para discutir o assunto nesses termos seriam necessários dados concretos e efectivos, razão por que mandei para a Mesa a minha moção que já á do conhecimento da Câmara, esperando que o meu ponto de vista, muito principalmente no que diz respeita ao regime bancário no ultramar, seja de devidamente estudado e ponderado.

Sr. Presidente: quanto a mim, uma das causas da crise do Angola, a primeira, é o plano de fomento da pronuncia, que na verdade, não foi feito do harmonia com o plano financeiro estabelecido.

Houve na verdade a idea de estabelecer dois planos absolutamente harmónicos; porém só um se iniciou e bom foi que só não tivessem pôsto os dois em pi ática, pois a verdade é que se assim fosso isso teria sido um perigo para a metrópole.

Em matéria administrativa tem-se cometido erros, quanto a mim, devido unira o exclusivamente à organização política da colónia, pois a verdade é que se ela tivesse uma fiscalização administrativa seria mais útil para o País e pura a colónia.

Uma empresa industrial bem montada tem a administrá-la um gerente único, ao qual só exigem as responsabilidades inerentes à função que exerce.

A. direcção única significa que um mesmo chefe não possa receber ordens de duas entidades diversas, e nós sabemos que na nossa administração há por vezes choques, pelo facto de duas organizações.

estarem a exercer, sôbre um mesmo ponto, a sua acção, e ao mesmo tempo.

O Sr. Júlio de Abreu (interrompendo):- Mas em Angola dava-se o contrário. V. Exa. sabe que os secretários provinciais...

O Orador: - Mas sem execução do nenhuma das operações que pertencem a uma pessoa que dirige uma província.

A província necessita sempre de uma organização completa, que dê, mais oa menos, satisfação do que se prevê,

Eu bem sei que, na prática, V. Exas. não verão que o resultado dessa organização corresponda inteiramente a todas as previsões feitas. Exige ainda um comando. V. Exas. viram que bastou o Alto Comissário voltar as costas a Angola, para que muitos dos que só diziam, até seus colaboradores fuzilassem a sua obra e a sua acção.

Essa acção estava limitada adentro do Angola, A fiscalização não se exercia. Só existiu em Angola qualquer cousa, foram apenas os retalhos de uma administração que não podia ser harmónica, porque todos os seus elementos andavam dispersos, fora da fiscalização a que deviam andar sujeitos e não tinham sido organizados de modo a satisfazer cabalmente os seus fins.

O Sr. Almeida Ribeiro: - Foi uma obra do delírio, sem bastis, sem elementos...

O Orador: - Nalguns pontos, sim.

O Sr. Brito Camacho (interrompendo):- E a crítica mais cruel que eu tenho ouvido fazer, embora esteja revestida da máxima correcção, que V. Exa. põe sempre nas suas palavras.

O Orador: - Mas, Sr. Deputado, só tivéssemos tempo para poder examinar o que se passa na metrópole, iríamos reconhecer em muitos pontos os mesmos defeitos.

O Sr. Brito Camacho: - Na pai te a que V. Exa. se referiu há pouco? eu desejaria ter feito um discurso assim.

O Sr. João Camoesas: - V. Exa. dá--me licença, Sr. Rêgo Chaves? Na admi-