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Sessão de 25 de Março de 1925 19

O Sr. Jaime de Sousa:-Sr. Presidente: eu julgo que, desde que o Sr. Ministro das Finanças tem a sua assinatura na proposta em discussão, e desde que a comissão de finanças a examinou e o Sr. Ministro das Colónias tem seguido o debate, respondendo a todos os oradores que têm usado da palavra, a sessão não deve ser suspensa, visto tratar-se de uma questão da mais alta importância e para a qual a opinião pública reclama solução urgente.

O que é natural é que todos os membros desta Câmara que se têm interessado e intervindo no debate, continuem a mostrar o seu empenho de juntar esfôrços no sentido de que a discussão e votação desta proposta se faça o mais ràpidamente possível.

Sr. Presidente: não posso compreender que Deputados patriotas, que à discussão desta proposta têm dado o seu concurso, venham nesta altura fazer uma exigência que êles sabem ser inexequível, porque o Sr. Presidente do Ministério, por se encontrar no Senado, não pode vir a esta Câmara, dando isso como resultado protelar-se ainda mais esta questão.

Sr. Presidente: o efeito que lá fora produzirá a suspensão desta sessão é, com certeza, deplorável. Para êste ponto chamo a atenção da Câmara, e em especial a do Sr. Carvalho da Silva e outros parlamentares que desejam a interrupção, pois julgo dispensável a presença do Sr. Ministro das Finanças, devendo acrescentar que, sem desprimor para qualquer dêsses Srs. Deputados, não darei o meu voto a êsse requerimento.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Carvalho da Silva: - As considerações do Sr. Jaime de Sousa não podem ser tomadas em conta, pois a discussão não pode prosseguir sem a presença do Sr. Ministro das Finanças.

O Sr. Ministro das Colónias não pode responder à parte que se refere à Metrópole. S. Exa. será o primeiro a confirmar estas minhas palavras.

O orador não reviu.

O Sr. Ribeiro de Carvalho: - Depois que o Sr. Jaime de Sousa se tornou devoto paladino desta proposta, só tem feito protelar a sua discussão.

O Sr. Carvalho da Silva requereu, e muito bem, como está no seu direito, a presença do Sr. Ministro das Finanças, pois tem de fazer preguntas a S. Exa.

Eu estranho que a propósito de um requerimento estejamos a abusar da paciência da Câmara, quando apenas devíamos votá-lo, É um princípio péssimo.

O Sr. Paiva Gomes: - Eu desejava fazer uma pregunta ao Sr. Ministro das Finanças.

De onde vem o dinheiro?

Sem que me respondam a esta pregunta, eu não posso dar o meu voto ao requerimento do Sr. Jaime de Sousa.

A pregunta está ainda de pé.

O Sr. Ministro das Colónias (Correia da Silva):-Lamento que o Sr. Ministro das Finanças não esteja presente; mas S. Exa. não pode vir porque está no Senado.

Eu direi que os 9:000 contos seguirão à medida das necessidades da província. Isto consta da própria proposta.

Temos ainda uma segunda operação, que será feita quando fôr preciso.

O orador não reviu.

O Sr. Velhinho Correia: - V. Exa., Sr. Presidente, diz-me quando se encerra a sessão?

Parece-me que faltam 5 minutos.

O Sr. Presidente : - A sessão está prorrogada.

O Orador: -Então V. Exa. poderia instar pela presença do Sr. Ministro das Finanças.

A discussão no Senado está a acabar.

O Sr. Presidente: - O Sr. Ministro das Finanças não pode vir, segundo acabo de ser informado, porque está no Senado discutindo a proposta dos duodécimos.

O Sr. Velhinho Correia : - V. Exa. não é obrigado a fazer votar o requerimento. Estamos em sessão prorrogada e pode suspender a sessão em qualquer altura. Não tem, pois, necessidade de consultar