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Sessão de 1 de Abril de 1925 9

reconhecida importância para a economia do País.

Torna-se na verdade, Sr. Presidente, urgentíssimo reparar as estradas que temos, que na verdade se encontram num estado verdadeiramente deplorável, e construir as que são necessárias, dando assim uma- satisfação ao País sôbre as reclamações que de há muito êle vem fazendo sôbre o assunto.

Tenho a certeza de que a Câmara será a primeira a reconhecer que chegou a hora de nortear-se a acção do Govêrno pelo caminho decidido forte, firme e seguro - fomentar a economia do País.

Apoiados.

Sr. Prosidente: requeri a V. Exa., quando o Sr. Plínio Silva se propôs tratar em negócio urgente dêste problema, que se consultasse a Câmara sôbre se concordava em que se fizesse a discussão, apreciando todos os projectos e propostas de lei sôbre o assunto.

Quando V. Exa. abriu a sessão, fiz uma pregunta ao Sr. Ministro do Comércio, sôbre qual a sua orientação, o seu ponto de vista em relação a propostas e projectos. S. Exa. não devia nem podia desconhecer, pelo estudo certamente que fez do assunto, porque não lhe faltam elementos de informação, colaboração e estudo, o estado da questão, para assim formar uma opinião de qual o projecto ou proposta a adoptar, para que possamos orientar a discussão, produzindo trabalho útil.

Doutra forma necessàriamente se cairia num debate em que cada um de nós tem a sua reclamação a fazer, tem o seu caso a pôr, a sua justiça a invocar, mas em que nós todos nos não entenderemos, nada, de útil poderemos produzir.

Apoiados.

O Sr. Ministro do Comércio declarou que entendia se deveria aprovar desde já o projecto recentemente apresentado pelo Sr. Plínio Silva, que colocava à disposição da Administração Geral das Estradas e do Ministério do Comércio as receitas provenientes do imposto de viação e turismo, como V. Exas. sabem modificado pelo regulamento do Sr. Queiroz Vaz Guedes.

Talvez o Sr. Ministro do Comércio tenha razão, talvez S. Exa., com a moção que nos deu da sua confiança restrita nas

vantagens e utilidade do projecto do Sr. Plínio Silva, veja bem o problema de momento, mas o que não parece bem é que tendo o Sr. Ministro do Comércio dito palavras de homenagem ao administrador geral das estradas, citado informações, referencias e estudas realizados, o se julgue que sôbre o problema tem determinados pontos de vista, não exponha claramente à Câmara qual êsse ponto de vista.

Talvez o Sr. Ministro do Comércio julgue que não vale a pena discutir as propostas, e nos traga outra dentro da sua orientação.

Não valo a pena acreditarmos que o problema das estradas se resolve unicamente porque num jornal, aliás dos de maior tiragem e que largas iniciativas, muito úteis e louváveis, tem tido, com vantagens para o Pais, se fala com entusiasmo o chama a atenção da população portuguesa para o caso.

Infelizmente o País todo sabe qual é a situação das estradas, e não há nenhum parlamentar - creio eu - que não tenha informações a dar, episódios a contar, sôbre o estado das estradas, que é lastimável, lastimável sempre, no círculo a que pertencera.

Sr. Presidente: êste problema é sobretudo financeiro.

Ora desde que o Ministro do Comércio vem declarar à Câmara que lhe não foi possível obter um empréstimo de 15:000 contos na Caixa Geral dos Depósitos, votado há quási um ano, pregunto a V. Exa. e à Câmara como vamos nós pensar em resolver o problema?

Para mais, o Sr. Ministro do Comércio rectificou alguns números que o Sr. Plínio Silva, quando Ministro do Comércio trouxe à Câmara.

A crença, a viva fé que o Sr. Plínio Silva então tinha em que, ainda êste ano, excedesse 12:000 contos a receita proveniente do fundo de viação e turismo, foi e é inteiramente prejudicada pelos números e pelo desânimo que o actual Ministro dessa pasta tem e apresenta perante a Câmara.

Sr. Presidente: quando há dias. o Sr. Plínio Silva, a respeito de caminhos de ferro, requereu que se discutisse também um projecto da sua autoria, que fizesse voltar ao statu quo ante as receitas pro-