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Sessão de 1 de Abril de 1925 13

Todos os oradores que tom entrado neste assunto têm afirmado que, de facto, estradas só se fazem com dinheiro, e por isso eu necessitava de saber qual dêsses projectos ou propostas de lei inclui & verba suficiente para se proceder à reparação das estradas existentes e abertura de novas.

O Sr. Presidente: - Na sessão diurna de ontem foi apresentado um requerimento, no sentido de serem discutidos todos os projectos e propostas do lei sôbre estradas.

O Orador: - Todos, Sr. Presidente! Mas isso é o caos!

O Sr. Presidente: - Êsse requerimento foi aprovado. Desta sorte foi marcada sessão nocturna para hoje.

Ao iniciar-se a sessão desta noite, foram êsses projectos e propostas de lei postos em discussão. A dificuldade que V. Exa. parece ter encontrado, encontrei-a também ao dirigir os trabalhos da Câmara, o então entendi que, como só ia fazer a discussão dêsses projectos na generalidade, podiam êles ser discutidos.

O Sr. Américo Olavo: - Mas V. Exa., Sr. Presidente, vai pôr à votação todos êsses projectos o propostas do lei ao mesmo tempo?

O Sr. Presidente: - Todos na generalidade, porque na especialidade se procurará a maneira de estabelecer a concordância de todos êles.

O Sr. Américo Olavo:-Agradeço muito as explicações de V. Exa., mas se me permite dir-lhe hei que me encontro agora na mesma situação em que estava.

O Sr. Nuno Simões: - Sr. Presidente: quando V. Exa. anunciou à Câmara que se ia entrar na discussão dos projectos e propostas de lei que se encontravam na Mesa sôbre estradas, eu tive o cuidado do preguntar ao Sr. Ministro do Comércio, exactamente para dar ordem aos nossos trabalhos, qual deles S. Exa. perfilhava. Por várias vezes o mesmo tem acontecido, simplesmente se sabe qual

deles o Govêrno perfilhava. E o que nós agora não sabemos.

O Sr. Américo Olavo deve saber que eu fiz essa pregunta ao Sr. Ministro do Comércio antes do começar a discussão, mas até agora S. Exa. limitou-se a dizer que o projecto de lei que entendia que se devia votar era o do Sr. Plínio Silva.

O orador não reviu.

O Sr. Plínio Silva: - Sr. Presidente: efectivamente V. Exa. disse há pouco que se via um pouco embaraçado com tantos projectos e propostas de lei que tinham sido enviados para a Mesa, sôbre estradas, e pouco depois eu pedi ao Sr. Ministro do Comércio que emitisse, duma maneira precisa, a sua directiva, para que a Câmara conhecesse a orientação do Sr. Ministro.

Do forma que o que me parecia indispensável, era que S. Exa. nos indicasse o caminho mais útil o proveitoso para a nossa discussão e que possivelmente, de acordo com o Sr. Ministro das Finanças, nos fosso, marcado aquilo sôbre que nos devíamos pronunciar e assim se facilitaria a missão de todos nós.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças (Vitorino Guimarães):- Sr. Presidente: pedi a palavra porque entendo que o problema das estradas tem na verdade uma grande importância económica, tendo ao mesmo tempo uma não menor importância financeira.

Não é de admirar, dado o pouco tempo que o Govêrno da minha presidência ocupa as cadeiras do Poder e os assuntos múltiplos, do grande importância e de reconhecida urgência que lho têm absorvido a atenção e a actividade, que ainda se não ocupasse com todo o cuidado, como era seu desejo e como é necessário, do problema das estradas; mas isso não quere dizer que o tenha descurado.

Efectivamente o problema tem-nos preocupado desde o primeiro momento, como eu já tive ocasião de o afirmar numa das posses, não me lembro bem se da Presidência do Ministério, se do Ministério das Finanças, e essa afirmação tenho feito a várias entidades interessadas que sôbre o assunto me têm procurado.

Mas eu entendo que para resolver o