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42 Diário da Câmara dos Deputados

Peço ao meu prezado o velho amigo Sr. Tôrres Garcia licença para lhe dizer que aqui há algumas inexactidões. Em primeiro lugar a organização da fábrica da Marinha Grande não era um exclusivo do Estado, em segundo lugar não foi realizada em tempo oportuno, em terceiro lugar, u em sequer do memória, quem a fez, sabia o que era o sistema de Taylor.

Leu.

Por consequência V. Exa. faz esta interrogativa o depois diz que já temos como exemplo a iniciativa posta em prática na Fábrica da Marinha Grande.

O Sr. Tôrres Garcia: - V. Exa. leia mais para baixo tudo quanto se diz a respeito da organização scientífica Co trabalho, pois eu posso afirmar a V. Exa. que a Companhia já realizou dentro das suas fábricas a aplicação do taylorismo.

O Orador: - Ainda bem que V. Exa. me dá essa informação. Já não é preciso fazer a educação do pessoal para se fazer a exploração sob a forma como deve ser feita.

A chamada organização scientífica do trabalho, não aquela por que é conhecido o sistema do Taylor, está difundida de tal maneira que faz parte mesmo das culturas medianas e caracteriza-se essencialmento pela aplicação do princípio da divisão do trabalho na chamada população improdutiva das explorações industriais.

Na antiga denominação chama-se exploração improdutiva dentro duma organização industrial às pessoas de gabinete.

Essas pessoas eram na organização do tipo anterior na proporção do um para sete.

O sistema do Taylor fez a aplicação do princípio da divisão do trabalho a partir do chefe da oficina, que distribuiu por oito indivíduos diferentes as funções a realizar, dividindo os em dois grupos do quatro pessoas: o grupo do preparação do trabalho e o grupo de execução do trabalho.

O sistema de Taylor, que muita gente imagina que é o trabalho em séries, não é nada disso.

O sistema de Taylor, celebro engenheiro americano de Filadélfia, assenta desdo o começo sôbre o seguinte princípio fundamental:

Cada operação industrial é tam complicada, dependente do tam grande número do variáveis, que não há operário nenhum, por mais hábil que êle seja, capaz de chegar à execução perfeita dessa operação.

Por consequência é preciso criar um corpo investigador.

Êle começou as suas experiências com uma operação das mais simples que foi o transporto de minério. Foi nessa ocasião ajudado pelo sou discípulo Gilbort, que 6 hoje especializado no estudo do movimento.

Taylor, por êste processo que estou a dizer, ensinou a fazer o transporte por uma nova maneira, de modo que a produção, que era de 12 toneladas a 13,7, passou a 47,7.

Estas informações não são minhas, encontram-se com facilidade o mais detalhadamente na revista do metalurgia.

E se vim com estas cousas ao debate foi para dizer a V. Exa. que não sei do nenhuma emprêsa portuguesa que adopte qualquer cousa parecida com o sistema Taylor.

Há realmente uma empresa, a Electro-Cerâmica do Pôrto, onde eu colaboro, que tem em prática alguns princípios da organização scientífica do trabalho, não pratica integral mento o taylorismo, mas sim os princípios do Sr. Herdox o do Sr. Barret, que novas modalidades criaram.

Um àparte.

O Orador: - Mas o Ford é diferente, é um sistema aparte.

Em Portugal imagina-se que na América do Norte todas as indústrias trabalham pelo sistema Taylor, e vê-se no livro publicado pelo Sr. Thompson das conferências que realizou em França para explicar o sistema do seu mestre, que numa população de 36.000:000 de habitantes só 102:000 é que se submetem ao taylorismo.

Na América realiza-se perfeitamente aquele preceito que o Sr. Vítor Gamboa numa das suas lições pré teu deu ensinar aos seus discípulos: "uma indústria é uma cousa do movimento constante, não é a aplicação de formas rígidas, é um sistema que evoluciona e que não é imutá-