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8 Diário da Câmara dos Deputados

reia Barreto - Luís Inocência Ramos Pereira - Joaquim Pereira Gil de Matos. Aprovada a redacção do Senado. Para a Presidência da República, Também foram aprovadas as seguintes: Alterações do Senado à proposta de lei dos Deputados n.° 128.

Artigo 1,° Intercaladas entre as palavras "desamortização" o "os prédios rústicos" as palavras "por espaço de quinze anos".

Art. 2.° Aprovado.

Palácio do Congresso da República, 11 de Maio de 1923. - António Xavier Correia Marreto - Luís Inocêncio Ramos Pereira.

Aprovada a redacção do Senado.

Para a Presidência da República.

O Sr. Presidente: - Acaba de ser feita comunicação à Mesa do falecimento, em Berlim, do antigo Deputado Sr. Couceiro da Costa, ministro de Portugal na Alemanha. A figura do Sr. Couceiro da Costa era conhecida do todos nós. Um bom republicano, íntegro, em todos os lances em que a República sofreu algum risco exerceu o sou esfôrço, contribuindo com a sua vontade e inteligência para a salvação do regime.

Era um homem que tinha o culto da Pátria, que, dentro desta Câmara, procurou sempre servir com a maior dedicação.

Estou convencido de que interpreto o sentir geral da Câmara propondo que RO lance na acta um voto do sentimento e que seja dado conhecimento dele à família enlutada.

Apoiados gerais.

S. Exa. não reviu.

O Sr. Álvaro de Castro: - Sr. Presidente: a Acção Republicana perfilha as palavras de V. Exa. respeitantes ao doloroso acontecimento que nos comunicou.

Se há nome que mereça a consideração desta Câmara, é o do Sr. Couceiro da Costa.

Velho republicano, do tempo da propaganda, todos recordamos a sua figura de republicano activo, marcando um lugar distinto por uma acção contínua do propaganda em regiões africanas e em circunstâncias muito excepcionais, perseguido pela monarquia, o que deu lugar à intervenção brilhante do republicano ilustre, hoje infelizmente retirado das lutas políticas pela doença, o Sr. António José de Almeida; e quem recordo êsses tempos, quem invocar essas horas febris do entusiasmo, não poderá esquecer o nome do Sr. Couceiro da Costa.

O Sr. Couceiro da Costa exerceu a sua função como magistrado no ultramar durante largos anos.

Proclamada n, República, foi nomeado governador da Índia, onde demonstrou as suas altas qualidades, a sua probidade, o seu saber, como administrador, mima província que ainda hoje o recorda com saudado e admiração.

O Sr. Couceiro da Costa veio para Portugal quando os republicanos se encontravam em luta com o dezembrismo. Não sondo novo na idade, animou sempre os novos com o seu espirito, animou os que agitavam o pendão, para os levar à luta.

O Sr. Couceiro da Costa nunca teve uma hora de desânimo, um minuto, sequer, em que não insuflasse aos novos a crença em melhores dias, em hora tam incerta.

O Sr. Couceiro da Costa ocupou depois um pôsto na diplomacia, revelando dotes de fino quilate.

Assim se compreende a mágoa que o falecimento do Sr. Conceiro da Costa veio trazer a todos os republicanos, visto ter sido um homem que em todas as ocasiões nos prestou os maiores serviços; neste momento leríamos ainda o oferecimento do sou esfôrço, se a doença e a agora a morte não no-lo roubassem ao nosso convívio.

Nestas circunstancias todos os meus amigos da Acção Republicana aprovam o voto proposto por V. Exa.

O orador não reviu.

O Sr. António Maria da Silva: - Sr. Presidente: em nome do Partido Republicano Português, associo-me ao voto proposto por V. Exa. pelo falecimento do Sr. Couceiro da Costa, que sempre foi um nobilíssimo carácter e se caracterizou pelo muito amor à República e se evidenciou brilhantemente como magistrado e como ministro.

Couceiro da Costa, ao lado de outros