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Sessão de 22 de Abril de 1925 9

dedicados republicanos, combateu a ditadura de 1917 a 1918, chegando a ser preso e devendo a sua soltura ao povo republicano de Lisboa, quando foi da escalada de Monsanto.

S. Exa. já no tempo da monarquia foi punido por virtude das suas manifestações de simpatia pela República.

As suas extremes virtudes merecem da nossa parte o mais profundo sentimento e assim nos associamos comovidamente ao voto de sentimento.

O orador não reviu.

O Sr. Morais Carvalho: - Sr. Presidente: embora se trate do um adversário político, isso não impede que nos associemos ao voto do sentimento proposto por V. Exa. pelo falecimento do Sr. Couceiro da Costa.

O orador não reviu.

O Sr. Dinis da Fonseca: - Sr. Presidente: em nome da minoria católica, associo-mo ao voto do sentimento pela morto do Sr. Couceiro da Costa.

O orador não reviu.

O Sr. Dinis de Carvalho: - Sr. Presidente: em nome dos Deputados independentes aprupados, associo-me ao voto de sentimento proposto por V. Exa., pela morto do nosso ministro em Viena de Áustria, que sempre foi um grande republicano.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros (Pedro Martins): - Sr. Presidente: verdadeiramente emocionado, associo-me ao voto de sentimento pela morte de um grande republicano, o Sr. Couceiro da Costa, cuja biografia já foi feita a largos traços pelo Sr. Álvaro de Castro.

O Sr. Couceiro da Costa era uma figura de destaque no meio social e político, uma personalidade de muito valor, pois sempre se distinguiu, quer como funcionário, quer como parlamentar notável, o ainda como diplomata, mostrando sempre o mais alto valor.

Eu conheci S. Exa. bem, ainda no velho Partido Evolucionista, e vi sempre S. Exa. afirmar o seu elevado civismo e muito patriotismo.

Em nome do Govêrno, associo-me ao voto de sentimento, com a maior o mais profunda saudade.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Considero aprovado por unanimidade o voto proposto por mim, pela morte do Sr. Couceiro da Costa.

ORDEM DO DIA

É aprovada a acta.

O Sr. Presidente: - Continua em discussão a proposta de lei relativa à, suspensão de garantias.

O Sr. Paulo Cancela de Abreu: - Sr. Presidente: já o meu amigo Sr. Carvalho da Silva, em termos brilhantes e concisos, marcou nitidamente a posição dos monárquicos em face dos acontecimentos, dizendo, com verdade, que a êles foram estranhos, o que, portanto, se sentiam perfeitamente à vontade para apreciar os seus fins e os seus efeitos.

Sr. Presidente: porque foram vencidos, não passamos a considerá-los como criminosos ou traidores, em lugar de heróis, que seriam se tivessem triunfado.

Porque houve quem faltou ao compromisso dado, ou porque do lado do Govêrno houve uma peça a mais, pontaria mais certeira, ou alvo mais seguro, ou porque os vencidos foram mais estratégicos do que revolucionários, não modificamos a nossa maneira de pensar e de sentir.

Porque, na frase expressiva o bem vincada do Sr. Álvaro de Castro, houve, finalmente, um general, nós concluímos que se nos afigura que se tratava de um movimento do ordem contra a desordem que há muito domina na sociedade portuguesa.

Protestos violentos da maioria.

Não, Sr. Presidente!

Assiste-nos o direito, temos mesmo o dever de fazer justiça às intenções dos vencidos, e de protestar contra as caluniosas afirmações dos Srs. António Maria da Silva e Álvaro de Castro - revolucionários de carreira e ditadores encapotados- de que o acto praticado constituíra um crime contra a Nação o fora influenciado, ou levado a efeito pela alta finança.