O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Sessão de 3 de Junho de 1925 15

glaterra se está preparando, é nesta ocasião que nós vamos fazer um forte que constitui uma ameaça constante o violenta!

A má vontade da Inglaterra tem-se manifestado por várias formas, entre elas a de levantar dificuldades ao comércio do ópio, que é a melhor receita da colónia.

Desde Janeiro do ano passado que não permitiram que para a colónia do Macau fôsse nem mais uma caixa de ópio, a ponto de, quando saí da colónia, ela, que vive na prosperidade e na largueza dos recursos resultantes do ópio, ter entrado no déficit, porque já não havia ópio para vender.

Isto é um ponto do vista; pode ser errado, mas os factos estão aí para lhe dar os grandes foros do razão e justificar esto pensamento, o os factos, Sr. Presidente, não são só aquelas cousas que quem está num Govêrno desta natureza, como é o de Macau, sente o lê, mas, são desta fôrça. Desde que senti que a colónia que estava entregue à minha administração entrava no déficit, e que do Ministério das Colónias não havia solução para o caso do ópio. relatei tudo isto ao Ministro que estava então na pasta das Colónias, Sr. Bulhão Pato, vim por Londres, dirigi-me à embaixada portuguesa, expus o meu ponto de vista, as vantagens que havia em o assunto ser tratado no Foreing Office, o depois disso, depois de feita a afirmação de que Portugal não entregaria a exploração do porto a qualquer companhia sem que a Inglaterra fôsse ouvida sôbre isso, o ópio ia para Macau, aceitava-se o statu quo ante. Nestas condições foi efectuada uma série de negociações que conspiram em quê?

Devo ainda dar uma explicação.

Não sei se V. Exa., Sr. Presidente, se lembra de que, nesta Câmara, o assunto de Macau e do seu porto foi sujeito a um debate, ou pelo menos foi aqui tratado no tempo em que cuja estava naquela colónia, o foi tratado porque apareceu num jornal a acusação, a insinuação, de que o Govêrno português ia ceder o porto de Macau a uma Companhia alemã.

O assunto foi já aqui tratado, os telegramas foram enviados para o Oriente, isso causou uma grande inquietação naquele meio e entendi que devia mandar dizer ao Govêrno de Hong-Kong que isso era absolutamente falso, que não havia nenhuma espécie do negociações entre Portugal e qualquer companhia ou qualquer potência financeira estrangeira para tratar do assunto, e que lhe garantia que quando tal se dêsse a nossa velha e fiel aliada, que está ali ao lado da colónia, não deixaria de ter conhecimento do facto.

Foi o mesmo que eu disse ao delegado inglês em Genebra.

Mas então o facto de se dizer a uma Nação, com a qual temos as relações que temos, que pode estar tranquila porque quando houver de se fazer alguma cousa no porto de Macau ela será conhecedora disso pode constituir uma acusação?

Quando disto se faz uma acusação, já não sei também o significado que as palavras podem ter.

Pois que compromisso resulta desta afirmação?

E agora pregunto eu: que compromisso resultou dêsse memorandum que aqui foi lido?

Passou-se há dois anos. Resolveu-se duma maneira completamente oposta ao parecer do Conselho Legislativo e até ao parecer do Conselho Colonial.

Essa maneira de resolver, contraria, repito, a todas as entidades oficiais ora a favor do então Governador e hoje Ministro das Colónias, que não teve dúvida em o fazer, não querendo seguir a fórmula dosou antecessor, a quem não dirijo qualquer elogio para não ser tomado á conta de amplexo para o pôr a meu lado, mas que, devo dizê-lo em patriotismo e dignidade não receia meças com S. Exa..

Mas S. Exa. levou o caso a Conselho do Ministros, estufou-o, e como resolveu?

Do acordo com o seu modo de ver contrário a tudo.

Em fim, procurando, rebuscando, encontrou no fim de dois anos a corda precisa para estrangular o governador correligionário e amigo.

Sr. Presidente: vim justificar o meu ponto de vista, que não foi mais do que um ponto de vista, que não foi mais do que uma opinião, sôbre a qual eu pedia apenas que o Govêrno mandasse estudar o caso por alguém competente para o resolver; vim agora dizer as razões e os fundamentos dêsse modo de ver, que podia ser errado, que podia ser o pior de-