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Sessão de 3 de Junho de 1925 19

Sr. Presidente: eu tenho estado a falar na elevação do sentimento que me abrasa desde que me conheço, tenho estudo a falar supondo-me em República pela qual me tenho sacrificado, indiferente a todas as misérias.

Mas a realidade está ali na cadeira do Ministro das Colónias. É o posso, quero e mando; não dá explicações a ninguém.

Apoiados.

Os processos são estes: mandar, ofendendo a vida da República.

A discussão não é outro pessoas; mas isto é o modo de ser que ali está.

Sim, Sr. conde, o plebeu pobre Rodrigo Rodrigues, que tem ocupado altos cargos, nunca se esquece, quando entra aqui no Parlamento, e passa pela Covinha Económica, de que lá é que foi no tempo de estudante comer a sopa para poder ter a situação que tem, porque nunca quis acoitar o subsídio dos estudantes que podia ter como estudante distinto que sempre foi.

Supunha, repito, que estava em República.

O Sr. Américo Olavo: - V. Exa. dá-me licença? Eu preciso dar uma explicação à Câmara.

Quando estive motivo numa organização militar, tive ocasião de encontrar era casa do Sr. Correia da Silva vários republicanos.

Pareceu-me que V. Exa. quere dar a impressão à Câmara de que o Sr. Ministro das Colónias não é republicano.

Não é demais fazerem se estas afirmações.

O Orador: - Não são só as ideas que podem fazer considerar um homem republicano, são os processos.

Tenho dito.

Apoiado do Sr. Ministro das Colónias.

O orador não reviu.

O Sr. Ferreira da Rocha: - Peço a V. Exa. consulto a Câmara sôbre se consente a generalização do debato.

O Sr. Presidente: - Os Srs. Deputados que aprovam o requerimento do Sr. Ferreira da Rocha ...

O Sr. Carvalho da Silva: - Peço a palavra sôbre o modo de votar.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra sôbre o modo de votar o Sr. Carvalho da Silva.

O Sr. Carvalho da Silva: - Seria realmente lastimável que a maioria da Câmara tivesse o procedimento novo, absolutamente novo, de cortar um debate político que a Constituição manda seja feito logo que o Govêrno se apresente à Câmara, após uma suspensão do garantias, e após portanto e interregno parlamentar.

O Govêrno, que merece as maiores censuras, porque cometeu as maiores violências, saltando por cima da Constituição, para publicar decretos verdadeiramente ditatoriais, numa ditadura revolucionária, tem de dar coutas ao Parlamento e ao país que esteie acima da assemblea partidária do Licen Camões.

Tenho dito.

O orador não reviu.

Submetido à votação o requerimento, foi aprovado em prova e, contraprova requerida pelo Sr. Carvalho da Silva.

O Sr. Ministro das Colónias (Correia da Silva): - Sr. Presidente: eu prometi a mim próprio que havia de ser absolutamente sereno, e quero cumprir a promessa que fiz.

Assim, vou começar por uma afirmação e estou certo do que a Câmara com ela concordará.

Não darei a êste debate, em que convém que se aprecie um acto administrativo, o aspecto do luta e de insulto outro dois republicanos.

Posto isto, começo por dizer que, embora nas afirmações que tenha a fazer, e nos documentos que tenha de ler, haja de verificar erros do administração financeira, no meu conceito, o homem que exonerei de governador de Macau é um homem honesto.

Apoiados.

Embora do documento que eu li e das minhas apreciações não possa deduzir senão que êsse homem cometeu erros muito graves em matéria de administração, que lhe estava entregue, sob o ponto de vista da soberania nacional, êsse homem, na minha opinião, é um português de leais sentimentos!

Apoiados.

Feitas preliminarmente estas duas afir-