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22 Diário da Câmara dos Deputados

e por forma que êsse homem quando eu ia a bordo do navio almirante, ou, que tinha apenas direito pela minha patente a ser acompanhado por oficial de igual patente, era acompanhado ao portaló pelo próprio almirante.

Foi sempre do cabeça erguida que eu falei porque quanto mais alto alguém se coloca mais respeito merece.

Se o meu procedimento foi útil ou inútil para Portugal, tenho documentos que o demonstram e o lacto do no fim da guerra, mal ela terminou, eu ter recebido do Govêrno Britânico uma das mais altas condecorações que deu pela guerra, parece que só demonstra que a Inglaterra estima que quem lhe fala se ponha no seu lugar.

Apoiados.

Uma vez conhecido em Lisboa êste documento, êle não mereceu a aprovação de ninguém.

O primeiro Ministro que sôbre êle tem despacho é o Sr. Rodrigues Gaspar. Não teve oportunidade de o ler, porque nem sempre um Ministro tem oportunidade do ler documentos tam volumosos como a acta em que se figura; lançou um despacho confidencial mandando estudar o assunto.

Seguidamente é estudado pelo almirante Sr. Ernesto do Vasconcelos, e tem um parecer inteiramente desfavorável.

Depois é analisado por uma comissão de três membros, os Srs. Ernesto de Vasconcelos, Lisboa do Lima e Craveiro Lopes, que o condenam também.

Vai seguidamente ao Conselho Superior de Obras Públicas o Minas que perfilha, por unanimidade, o parecer dessa comissão.

Vai em seguida para o Conselho Colonial, e o Sr. Rodrigo Rodrigues, que disse que êle ali teve aprovação, deve ler o parecer do seu relator. E, se o Conselho conclui indicando a formação de uma junta autónoma experimentalmente por três anos, eu tenho razões suficientes para crer que só por delicadeza para com o governador proponente se indicava essa solução como experimental.

Lancei sôbre o processo o meu despacho, e fiz o meu dever, condenando-o em absoluto a proposta de S. Exa.

Em seguida oficiei ao Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, a fim de que desse instruções para Londres para que os compromissos contraídos pelo Sr. Rodrigo Rodrigues não se efectivassem.

Cumpri assim o meu dever, como o cumpri exonerando-o de governador de Macau, para que Portugal possa confirmar claramente por essa forma que se desliga de qualquer compromisso tomado por S. Exa.

Tenho dito.

O orador não reviu,.

Vozes: - Muito bem, muito bem.

O Sr. Vicente Ferreira (para explicações): - Não me foi dado assistir à sessão de ontem, o, por isso, não rebati uma afirmação extemporânea do Sr. Rodrigo Rodrigues.

Sr. Presidente: se é exacto o relato dos jornais, disse S. Exa. que, dos rápidos Ministros que se tem sucedido na pasta das Colónias durante três anos, nenhum se lembrou de censurar a S. Exa. e como dêste memoradum ao Govêrno de Hong Kong.

Eu desejo afirmar à Câmara que S. Exa. está profundamente enganado ou esquerdo.

Poucos dias estive no Ministério das Colónias, mas foram os bastantes para me darem conhecimento dêste documento que vejo agora tornar público o que foi impresso com o título de "Actas de uma sessão secreta".

É tam estranha me pareceu a doutrina dêsse famoso memorandam e o procedimento do governador de Macau, apesar de eu estar habituado a ver certas subserviências perante autoridades estrangeiras, que, para mo certificar se o acto tinha sido feito por sua espontaneidade ou por instruções daqui recebidas, expedi a S. Exa. um telegrama, do qual aqui tenho uma cópia, por amável cedência do Sr. Ministro das Colónias, e que passo a ler à Câmara.

Sabem V. Exas. o que o Sr. governador de Macau respondeu?

Isto que eu recebi poucos dias antes da queda do Govêrno, a qual, é bom lembrar, foi precedida de um movimento revolucionário.

Leu.

A uma pregunta concreta e terminante S. Exa. respondeu em chinês, que é uma