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28 Diário da Câmara dos Deputados

Não votamos a emenda do Sr. António Maria da Silva, pois ela representa uma comédia, visto que o Orçamento não corresponde à verdade, como já aqui demonstrei à lace de números publicados no Diário do Govêrno.

Terminando, tenho a dizer ao Sr. Presidente do Ministério que reparo bem na ingratidão dos seus amigos e correligionários.

Põem S. Exa. fora do Govêrno e vão lazer o mesmo que S. Exa. quere.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Sá Cardoso: - Sr. Presidente : a proposta que apresentei merece a aprovação da Câmara.

Ao contrário do que aqui tem sido dito, estou convencido de que há toda a possibilidade em discutirmos e votarmos os orçamentos.

Quero aproveitar esto ensejo para declarar que a Acção Republicana em nada tem concorrido para que os nossos trabalhos tenham sido protelados.

A Acção Republicana, tem mantido o sistema antigo de nas questões políticas falar apenas o seu leader e nas que respeitam a qualquer especialidade, falar o Deputado para tal escolhido.

Isto não vai como censura a qualquer dos outros lados da Câmara, que porventura não tenham seguido igual sistema.

Cada partido procede como entende e está no seu direito.

Se esta praxe antiga houvesse sido mantida por todos, muito tempo se pouparia.

Quando apresentei a minha proposta, disse que a Acção Republicana não tinha dúvida em votar os seis duodécimos, o que. sendo aprovada á proposta, os orçamentos poderiam ser discutidos depois.

Por parto do Partido Democrático, o Sr. António Maria da Silva acabado mandar para a Mesa uma proposta de emenda atinente a ser votado um duodécimo em vez dos seis.

Sr. Presidente: os políticos, se querem ser respeitados, quer no Parlamento, quer fora dêle, têm obrigação de se manter coerentes com as suas afirmações.

A minha convicção é de que as razões apresentadas pelo Sr. António Maria da Silva são para convencer e que para haver tempo do se votar o Orçamento bastaria apenas um duodécimo e, se não chegasse, como a Câmara está aberta até ao dia 15, poderia votar-se outro.

Nós, tendo dito que votávamos os seis duodécimos, entendíamos, como é natural, que apenas um bastava, porque julgamos tempo suficiente aquele que temos para discutir o Orçamento.

Mas votarei os seis duodécimos por coerência.

O orador não reviu.

O Sr. António Maria da Silva: - Sr. Presidente: creio que dei as razões suficientes para só votar a minha proposta.

Aprovando-se a proposta do Sr. Sá Cardoso com os seis duodécimos, seria votar uma proposta que era a negação daquilo que desejávamos e os mal intencionados podiam julgar que ora ludíbrio.

A aprovação dos sois duodécimos vêm prejudicar o espírito da própria proposta do Sr. Sá Cardoso.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Carlos de Vasconcelos: - Requeiro votação nominal para a emenda enviada para a Mesa pelo Sr. António Maria da Silva.

Foi aprovado.

Procedeu-se à chamada para a votação.

Disseram "aprovo" os Srs.:

Afonso de Melo Pinto Veloso.
Alberto Jordão Marques da Costa.
Alfredo Rodrigues Gaspar.
Amaro Garcia Loureiro.
António Abranches Ferrão.
António Albino Marques de Azevedo.
António Augusto Tavares Ferreira.
António Correia.
António Dias.
António Ginestal Machado.
António Lino Neto.
António Maria da Silva.
António Pais da Silva Marques.
António Pinto de Meireles Barriga.
Armando Pereira de Castro Agatão Lança.
Artur Alberto Camacho Lopes Cardoso.
Artur Brandão.
Artur Rodrigues de Almeida Ribeiro.