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Sessão de 16 e 17 de Julho de 1925 39

sôbre se concorda que a sessão continue sem interrupção, até final do debate.

O Sr. Álvaro de Castro (sobre o modo de votar): - Pedia a V. Exa., Sr. Presidente, que me informasse - porque naturalmente a minha memória já está debilitada - se alguma vez foi necessário fazer um requerimento idêntico ao que o Sr. Pedro Pita agora apresentou. O que se tem feito é exactamente o contrário, parecendo-me que é esta a prática que tem sido usada.

O Sr. Presidente:-Já tenho assistido a sessões prorogadas que têm sido interrompidas, para continuarem no dia seguinte.

Estão ainda cinco oradores inscritos, e tenho aqui recebido reclamações para que a sessão se interrompa, visto daqui a pouco não haver já meios de condução.

O Orador: - Naturalmente, às sessões a que V. Exa. se referiu, nunca eu tive ocasião de assistir, porque delas me não recordo.

Quando, porventura, isso tenha sucedido, certamente que todos os lados da Câmara estiveram de acordo.

O Sr. Agatão Lança (interrompendo): - Ainda na penúltima reunião do Congresso isso sucedeu.

O Orador: - Efectivamente não assisti a essa sessão.

Exposto o meu modo de ver, aguardarei o que a Câmara resolver.

O orador não reviu.

O Sr. António Correia (sobre o modo de votar): - Sr. Presidente : é apenas para declarar que o Sr. Deputado que requereu a prorrogação da sessão até se liquidar o debate, o fez com a intenção de que a sessão continuasse sem interrupção, excepto aquela costumada interrupção para os Deputados irem jantar.

O orador não reviu.

O Sr. João Camoesas (sobre o modo de votar): - Sr. Presidente: entendo que, dadas as condições em que nos encontramos a trabalhar, é absolutamente excessivo exigir da Câmara, para um debate que não tem nenhum interêsse para o País, que ela funcione até de madrugada. Não me importava, e muitas vezes o fiz em sessões anteriores, estar aqui a trabalhar toda a noite em proveito para o País, ,mas, desde que se trata apenas duma série de obstáculos inventada para complicar a situação política actual, sem nenhuma espécie de utilidade, afigura-se-me demasiado exigir de pessoas que trabalham e que se levantam como eu às 6 e 7 horas da manhã, que estejam aqui para ver as habilidades de alguns Srs. Deputados.

Não me interessa esta questão, não tencionava entrar no debate; mas desde que êle tomou um aspecto de picuinha, eu entrarei nele para usar de violência para com aqueles que querem usar da violência para comigo.

O orador não reviu.

O Sr. Pedro Pita (sobre o modo de votar): - Sr. Presidente: duas palavras apenas.

Parece-me que cometi um crime em fazer o meu requerimento. O que houve foi isto: do lado dos Deputados que apoiam o Govêrno quis-se inutilizar a prorrogação da sessão; pretendi inutilizar o golpe com outro golpe. Não foi, portanto, um capricho meu.

Assim é que está certo; fazer o mal e a caramunha é que não está certo.

O orador não reviu.

Posto à votação o requerimento, é aprovado.

O Sr. Manuel Fragoso: - Requeiro a contraprova, e invoco o § 2.° do artigo 116.°

O Sr. Luís de Amorim: - Requeiro votação nominal.

Vozes: - Não pode ser, é já tarde.

O Sr. Presidente: - O Sr. Luís de Amorim requereu votação nominal...

Levantam-se protestos da parte da Câmara.

O Sr. Presidente: - Efectivamente, não pode ser aceite o pedido de votação nominal. Vae proceder-se à contraprova.

Procede-se à contraprova.