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10 Diário da Câmara dos Deputados

outra ocasião, e por isso uso da palavra sôbre o modo de votar.

Esta emenda não devia, ter sido recebida na Mesa porque é um aditamento.

O Sr. Presidente: - E um parágrafo ao artigo.

O Orador: - Porque assim o querem chamar!

Se bem me recordo, a lei travão impedia que a Mesa aceitasse essa emenda; como a Mesa a aceitasse, eu limito-me a preguntar ao autor da emenda em quanto computa o aumento de despesa.

É lamentável que num país quási em falência, sem se saber onde é que se há-de ir buscar mais dinheiro, só apresente uma proposta dêste género sem se dizer em quanto aumenta a despesa.

Digo isto nesta sessão legislativa que está a findar e com ela finda a minha vida política - digo o pára desmentir certos canards (eu disse canards) da imprensa!

Limito-me a fazer a minha afirmação de que não é com a minha aquiescência que se vai dar mais um empurrão na Republica.

O Sr. Carlos de Vasconcelos (interrompendo): - É preciso saber só o princípio das diuturnidades já foi aplicado a alguma repartição do Estado.

O Orador: - Eu sou de Aljustrel e não de Braga; só o autor da proposta resolver dizer quanto importa o aumento dá despesa, eu dou-me por satisfeito.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. José Pedro Ferreira: - Devo dizer em primeiro lugar que não tenho empenho algum em que esta proposta seja aprovada.

O que me revoltou foi a injustiça que se pratica de haver funcionários públicos que têm diuturnidades e não as terem outros.

Foi para desfazer essa iniquidade que e a mandei para a Mesa essa emenda.

A Câmara votará, como entender.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Paiva Gomes: - O dever da Câmara neste momento é habilitar o Govêrno a poder cobrar as receitas e pagar as despesas.

Se esta emenda é justa faça-se uma lei em separado e não se enxerte isso no duodécimo.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Em referência às considerações feitas pelo Sr. Brito Camacho, devo dizer que a Mesa recebeu a emenda porque o seu autor disse que se tratava apenas de regularizar uma situação que estava criada.

Procedeu-se à votação da emenda, que foi rejeitada.

Foi lido e aprovado o artigo 2.°

Entrou em discussão o artigo 3.º

O Sr. Presidente: - Vai votar-se.

Foi aprovado, em contraprova requerida pelo Sr. Morais Carvalho, por 57 Srs. Deputados contra 1.

Foi lido na Mesa o artigo 4.° (novo) do Sr. Viriato da Fonseca.

O Sr. Francisco Cruz: - Sr. Presidente: eu devo chamar a atenção da Câmara para êste artigo novo, pois é lamentável que nesta hora grave se venha pedir 10 contos para uma passeata à Itália1

Bastavam 100$ para comprar um livra para que a estatística soubesse o que se passou no congresso.

Lamento que o Sr. Viriato da Fonseca tivesse tam mau pensamento.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Paiva Gomes: - Já disse que nesta proposta não se devia enxertar mais nenhum outro assunto, esta ver ha, por todos os motivos e até pela sua parte moral, não deve ser aceita.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Viriato da Fonseca: - Não compreendo o motivo de tam grande celeuma como se tratasse de uma pessoa que tivesse sido esbanjador do Estado!

Eu, por motivo das funções do meu cargo; já trouxe para o Estado de uma vez 15:000 contos e de outra 20:000!

Sr. Presidente: eu vou contar à Câmara como estou metido nesta questão.