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-Sess&o de .13 de Março de 1920

anãs com subordinação aos legítimos inteirasses da colectividade e com respeito pela organização político-soeial qae nos é própria.

Têm que ser variadas pára a sua solução, «m atenção à gravidade que lhes é Tprópria e ainda à cronologia da sua irrupção, mas o que indispensável se Wna -é a sua ultimação definitiva, uma vez qae hajam sido tratadas, e esta só pode ser feita ^com a ultimação formal do Congresso.

Quando muito haverá um método único a estabelecer: proporcionar os meios a utilizar à gravidado das necessidades ou da .indisciplina que se encontrar pela frente. Sem duvida que o Governo precisa de •dispor de tempo para poder cuidadosamente estudar os problemas que tem sobro si e preparar as medidas e disposiT •coes sobre que porventura tenha de organizar é lançar mão, mas permito-me apresentar ao Congresso um alvitre que, a propósito de cousas bem mais simples, já apresentei no Senado. '. Acho realmente escusado e esgotante para os Sr s. Ministros o comparecerem rtodos os dias no Parlamento para assisti-xem à discussão dos mais insignificantes projectos. Na discussão dos projectos que não são de iniciativa ministerial seria dis-

. pensável a sua presença desde que a respectiva comissão só entendesse com o Mi-Jiistro por cuja pasta corresse o assunto. A comissão seria, na discussão do assun-

, Io, quem substituiria o Ministro respectí-TO, fazendo as observações .que aquele

•julgasse indispensáveis.

Não querendo entrar em maiores considerações, vou terminar e faço-o dizendo •clara e nitidamente que é principalmente ;por motivos de bom senso e vontade de •encarar as cousas como o devem ser que acho inconveniente que, numa situação como a actual, se vá fazer a dij unção en-.tre o Governo e o Congresso.

.Repito, parece-me um inconveniente prejudicial e até arriscado e perigoso, e por isso formalmente o rejeito e condeno.

O Sr.-Autónio Fonseca: — £ V. Ex.a informa me sobre se eu desisto1 da palavra poderei, depois de ouvir as considerações do Sr. Presidente dó Ministério, pedi-la 4e .novo?

O Sr. .Presidente responde a mente. .-..

O Orador:—Então falarei depois do Sr. Presidente do Ministério.

O Sr. Bernardíno Machado :-—• Sr. Presidente: no princípio de 1912, perante a agitação social que se desencadeou no País, decretou-se a suspensão de garantias, e jreunido o Congresso, como orde* na a Constituição, levantou-se dentro dele a, questão da seu adiamento. Então pronunciei-me contra e o Congresso adoptou o mesmo critério.

Hoje, embora diante também duma lar-ga"agitaçâo do País, não vejo que ó critério do Congresso deva ser outro.

O Governo, na sua proclamação, disse que a Pátria «orria perigo. Não posso aprovar estas palavras; parece,m-me excessivas e,até alarmantes.

Não podemos correr hoje perigos externos ; foi para os não corrermos que fizemos com tantos sacrifícios e com tanto heroísmo a nossa participação na guer* rã. Nós temos jus ao respeito e solidarie-riedade das nações aliadas, que acompanhámos na crise tremenda da humaní-dade.

Devemos contar com elas.

Sem de maneira nenhuma querer dar um tom impertinente às minhas palavras,' devemos exigir essa solidariedade, exigi-la dos seus Governos e dos seus representantes em Portugal.

Blove-se uma campanha difamatória contra Portugal lá fora; não temos só de nos oppr^ a essa campanha, devemos dês-fazê-la.^É deplorável que o Governo não proceda com a maior emergia; mas são também os próprios Governos aliados que devem, "pelas informações* recebidas dos seus representantes^ apressar-se a esclarecer os órgãos da opinião ^publica, rectificando as falsas atoardas que deprimem uma naçEo amiga, consolidaria da mesma causa civilizadora. Já tarda mesmo que nós tecebamos as justas considerações que nos são devidas. Referir-me hei apenas à falta de jjriação de uma embaixada da nossa antiga aliada inglesa ejn Lisboa. „ . -