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Para, o conseguir, o Governo ,tem de .abordar antes de mais nada o problema da economia nacional que, como já disse, «e não resolve em trinta dias».. -

O Sr. Bfinistrtí da Justiça (Ramos Pré* -to):—Não se admire V. Ex,a de que o

Segundo as sagradas escrituras a*divi-na providência fez o mundo;em seis dias e descançou ao sétimo.

O Orador r—r Se V. Es.as entendem por -ordem o pôr simplesmente o carro nos raíls, então está bem.

O que- é, porém, conveniente é alo termos' ilusões. .

Dando o meu voto a esse adiamento, .^pregunto ao Governo, pregunto a todas V. J5x.a& que se sentam nessas bancadas o que vão fazer em trinta dias?

Ouço dizer que sim, ouço dizer que os Srs. Ministros da. Agricultura e do Co-

• mércio têm já ideas assentes; sobre barateamento da vida; mas o problema é muitíssimo vasta, .náo ser resolvendo com a simples afirmação de que em poucos dias um abaixamento de 40 por cento sê- dará nos preços dos: géneros de primeira ne^ cessidade.

O Sr. Ministra da. Agricultura (João Luís Etcardo):— O Governo não afirmou que faVia o barateamento de 40 por cento nlo disse ainda qual seria a percenta-.gem.

Isso não passa duma ficele.

O Orador:—Congratulo-me com as palavras do Sr. Ministro da Agricultura;

Evidentemente não se percebia que um Ministro da Agricultara, aeah,ando. de tomar conta da sua pasta, pudesse fazer aí afirmação, que é uma, fantasia, de baratear a vida em 40<_.por p='p' se='se' cento='cento' terá='terá' outro='outro' muito='muito' feita='feita' pa-.ra='pa-.ra' dia='dia' dum='dum' conseguir='conseguir' o='o'>

• estabilizar os preços- dos géneros, impe-•dando que aubamv -

Q-x Sr. Ministro da Agricultara (João JLuís Eicardo):— O Ministra, dar

Diário da& Sessfos do Oongre»80

tura não fezr até hoje nenhuma afirmação sobre diminuição de preços, simplesmente fez' a afirmação de que tinha um plano que julgava prático para a resolução do problema da carestia da vida.- .

Tudo quanto se tiver dito fora disto, é menos verdadeiro. • . *

O Orador:—Registo com agrado as afirmações de S. Èx.ay mas, sabe toda a gente que estuda, mesmo superficialmente, o problema económico actual, que não é com medidas de ocasião, medidas .de expediente, que se resolve esse assunto e da mesma forma a .questão da ordem, das greves, das reivindicações populares. O problema é muito mais complexo' e para o resolvermos ter-se há de ir atacar as causas que determinam essa "grave perturbação económica. . .

Portanto, Sr. Presidente, era neste campo que o Governo teria de abordar o pro-blenía e* não é seguramente em trinta dias que o .Governo pode resolvê-lo, porque nestes termos ele teria sem dúvida de legislar profundamente, não podendo, em nenhuma circunstância, .dispensar a colaboração do Parlamento para esse efeito.

Sabe V. Ex.a, e sabe todo o Congresso que as causas da carestia da vida. são diversas-, são várias e principalmente as 'de. carácter financeiro.

Todo o nosso desequilíbrio económico resulta do abuso que se tem praticado durante a guerra o depois dela, do aumento das despesas públicas-, da falta de compressão dessas despesas,, do não. aumento das- emissões de papel para eobrir um de- • ficit, que é todo o'nosso^ cancro.

Sr. Presidente,' é assim encarado que. o problema nacional tem de ser posto pelo Governo, não podendo, portanto, dispensar o trabalho do Parlamento para resolver ôsse mesmo problema.

Durante um intervalo de trinta dias poder á "fazer o Governo, como já disse, orientar1 de? novo a vida pública, restabelecer a ordem, mas em; easo nenhum resolver o problema económico, porque esse sem o trabalho do Parlamento, não poderá nunca ser resolvido; , ~